O ex-deputado estadual José Riva delatou um esquema de empréstimos que eram feitos em nome de servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) junto ao Banco Real. O dinheiro seria destinado ao pagamento de dívidas junto a empresas de factoring, dentre as quais estavam uma empresa do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, preso na Operação Arca de Noé.
Alan Cosme/HiperNoticias
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Mais de 150 empréstimos foram firmados exclusivamente para quitar os débitos junto às factorings com júros menores.
De acordo com Riva, o também ex-deputado Haroldo de Campos era o responsável por fazer o contrato de empréstimo em nome dos servidores e posteriormente, pegar os cheques ou valores em espécie.
O dinheiro era repassado para o próprio Riva ou para Humberto Bosaipo e Juracy Brito, com a finalidade de liquidar os débitos junto às empresas de factoring, que também é um tipo de concessão de crédito.
Para quitar os empréstimos feitos pelos servidores, eram emitidas notas fiscais de produtos que não foram entregues ou serviços que não foram prestados à ALMT. Também foram realizadas licitações fraudadas com empresas que, em maioria, segundo Riva, sequer existiram e que deram origem à Operação Arca de Noé.
Conforme o ex-deputado, o esquema se deu entre fevereiro e dezembro de 2001, a partir da dificuldade da Assembleia Legislativa em conseguir crédito junto às empresas de factoring, especialmente a que estava ligada a João Arcanjo.
Segundo Riva, o esquema chegou a se estender para outros bancos e, nesses casos, o crédito também foi utilizado para fins eleitorais e pessoais.
Foram citados na delação de José Geraldo Riva os nomes de Humberto Bosaipo, Geraldo Lauro, Paulo da Costa Moura, Agenor Jácomo Clivate, Juracy Brito, Djan da Luz Clivati, José Quirino Pereira, Joel Quirino Pereira, Haroldo de Campos, Guilherme da Costa Garcia e Luiz Dondo Gonçalves.
Riva ainda citou Luiz Eeugênio de Godoy e Nivaldo de Araújo, que já faleceram.
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