O juiz do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) João Bosco Soares da Silva converteu para preventiva a prisão de Elon Lopes da Silva durante uma audiência de custódia no final da tarde de sexta-feira (11). Elon é acusado de ter estuprado uma adolescente de 16 anos no entorno da Praça Rachid Jaudy, na região central de Cuiabá, uma mulher de 41 anos.
Conforme a decisão, o magistrado pontuou que apesar de Elon ter negado os abusos sexuais, nos crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima reveste-se de valia maior, considerado o fato de serem praticados sem a presença de terceiros.
"Desta forma, a medida extrema é a única apta a salvaguardar a ordem pública e a conveniência da instrução processual, não sendo as medidas cautelares diversas da prisão mecanismos suficientes para preservar tal. Sendo assim, que pese ser o decreto de prisão cautelar “extrema ratio” da “ultima ratio” de um sistema multicautelar, não vislumbro a possibilidade de substituição, da segregação do autuado por medida mais branda, até porque, se o ambiente doméstico corrompido pela violência não sofrer uma pronta intervenção, poderá ser palco de uma tragédia anunciada.", afirmou o magistrado.
ENTENDA O CASO
Elon foi preso na quinta-feira (10) pelos policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel da Polícia Militar (Rotam). De acordo com as informações da Rotam, a vítima de 41 anos fazia tratamento psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) quando foi abordada por dois homens, que a obrigaram a entrar em uma residência. No local, eles agrediram a vítima e a estupraram.
Horas depois, o suspeito, com a ajuda de um comparsa, abusou sexualmente da adolescente de 16 anos. A menor foi abordada pela dupla e levada para a parte inferior do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), que está abandonado há cinco anos.
Após o crime, a menor teria tentado se jogar na frente dos carros e foi socorrida por uma mulher, que acionou a polícia e a mãe da menina.
"A vítima de 14 anos reconheceu ele pelos pés e pelo chinelo porque eles não permitiram que ela olhasse para trás. Ambas as vítimas foram agredidas com tapas, foram ameaçadas. Mas a Polícia Militar está sempre firme e atuante e a Rotam está empenhado em função da população de bem.", pontuou o tenente coronel Dorileo.
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