O ex-governador e candidato ao Senado, Pedro Taques (SD), se defendeu dos escândalos de corrupção que culminaram na prisão de secretários durante sua gestão à frente do Palácio Paiaguás, entre 2014 e 2018. Em entrevista à Rádio Capital FM, nesta terça-feira (6), Taques se declarou inocente e lembrou que o governo atual passou pelo mesmo problema.
"Eu não posso desejar ao governador Mauro Mendes (DEM) o que me fizeram, julgá-lo sem que possa saber, nenhum gestor é responsável por 100 mil servidores", disparou, se referindo ao afastamento do secretário-adjunto da Casa Civil, Wanderson de Jesus Nogueira, no último dia 25, preso em flagrante com R$ 20 mil, supostamente oriundo de propina.
Apesar da 'cortesia' com o democrata que o derrotou nas urnas, Taques fez questão de dizer que não estava defendendo Mendes. "Eu não estou defendendo o atual governador, eu estou defendendo a constituição que fala do devido processo legal", disse.
Durante seu governo, Taques viu oito de seus secretários serem presos, sendo Airton Siqueira, à época a frente da Pasta de Justiça e Direitos Humanos, André Luis Torres Baby, do Meio Ambiente, Evandro Lesco que comandou a Casa Militar, Luiz Soares, ex-secretário de Saúde, Permínio Pinto da Educação, Paulo Taques da Casa Civil, Roger Jarbas, que chefiou a segurança e Zaqueu Barbosa, ex-comandante da Polícia Militar.
Em 2018, pouco tempo antes das eleições, o governo de Taques foi alvo da "Operação Catarata" que teve como objeto de investigação a "Caravana da Transformação", um mutirão de saúde que disponibilizou cirurgias oftalmológicas por todo o Estado.
A suspeita era de que houveram irregularidades nas cirurgias executadas pela empresa 20/20 Serviços Médicos. O mutirão era uma das principais bandeiras eleitorais de Taques.
O ex-governador também enfrentou o escândalo da "grampolândia pantaneira" em que adversários de Taques tiveram seus telefones interceptados ilegalmente e a Operação Rêmora, deflagrade em 2016, que investigou um esquema de fraudes na Secretaria de Educação (Seduc).
Apesar de todas as máculas em sua gestão, Taques alega inocência e diz que foi julgado antecipadamente.
Eu respondo pelo meu CPF e quero perguntar aos senhores contras ações penais tem contra mim? Nenhuma. Quantas ações por improbidade administrativa tem contra mim? Nenhuma. Eu não vou condenar a atual administração por um caso que, o governador, eu quero crer, que não saiba o que acontece naquela situação. Não posso acusar ninguém sem provas, como fizeram comigo", enfatizou.
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Costa 09/10/2020
Sao responsáveis sim por aqueles que ocupam cargos de confiança e foi nomeado pelo governador.
mauro 07/10/2020
Concordo que a administração pública não tem condição de controlar 100 mil servidores, para isso possui os órgãos de controle social e correição, contudo, cabe ao gestor maior, primeiro escolher bem os seus assessores mais próximos, no casos os seus secretários e segundo sim determinar a todos o nível de conduta que se espera daquele que exerce o cargo público.
2 comentários