Apesar do empenho na atuação dos agentes policiais em todo o estado, o tráfico de drogas em Mato Grosso tem buscado estratégias para burlar a fiscalização das mais variadas formas. Nem mesmo as agências dos Correios escapam da ação dos traficantes. Entorpecentes são enviados ao exterior disfarçados de “encomendas”. E os criminosos não são identificados, por deficiência no sistema interno de segurança das próprias agências.
Com base nas informações da Superintendência da Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) entrou no caso. Um inquérito civil investiga a atuação dos traficantes e cobra dos Correios a adoção de medidas para corrigir as falhas nas agências, inclusive as que prestam serviço de banco postal.
É que não é possível identificar os remetentes nem responsabilizá-los pelo crime, “em razão de as agências dos Correios e suas franqueadas não armazenarem imagens por um período de tempo razoável que permita a identificação das pessoas”, diz trecho da portaria que instaurou o inquérito inicial.
De acordo com a PF, é frequente o envio de drogas ao exterior em encomendas postadas nos Correios, sobretudo naquelas localizadas nos municípios situados na zona de fronteira”. A investigação do MPF começou em julho de 2016, mas teve atualização neste mês de abril.
O objetivo agora é “desestimular a ocorrência de crimes federais contra a instituição, aumentado a eficácia da identificação posterior dos agentes criminosos e, sobretudo, garantir um ambiente seguro aos consumidores, além dos empregados, zelando pelo patrimônio público”, conforme consta na portaria de 5 de abril, assinada pela procuradora da República Samira Engel Domingues.
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