O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou os policiais militares Weberth Batista Ribeiro, 30 anos, e Ezio Sousa Dias, 30 anos, acusados de atirarem contra Elizângela Moraes. O crime foi registrado na noite do dia 17 de janeiro, em Sorriso (400 km de distância).
A denúncia foi feita pela promotora de Justiça Élide Manzini de Campos, na terça-feira (04). As acusações do MPMT serão apresentadas à Primeira Vara Criminal da Comarca de Sorriso.
Conforme a denúncia, os réus são acusados de tentarem matar Elizângela e seu namorado, Osvaldo Pereira Gomes Neto, com emprego de meio cruel e por motivação fútil. Segundo o documento, os policiais só não teriam consumado os crimes por motivos alheios a suas vontades.
Na denúncia do MPMT consta que os agentes foram ao “Bar do Careca”, localizado no bairro São Domingos, e lá agrediram diversas pessoas, fato que resultou em um volumoso número de chamadas na Polícia Militar da cidade.
Após saírem do bar, por volta das 23h, os policiais encontraram o casal em um ponto de ônibus e, segundo a denúncia, pelo “simples fato de as vítimas estarem em seus caminhos naquele momento”, atiraram e desferiram chutes e socos na direção de Elizângela e Osvaldo.
“Os denunciados, naquela noite, assumiram postura de pessoas acima da lei, mandando e desmandando pelas ruas de Sorriso, agredindo quem quer que passasse pelos seus caminhos, tudo em razão do cargo público que exerciam – policiais militares”, argumenta a promotora na denúncia.
Ainda segundo o MPMT, conforme registro de câmeras do local do crime e relatos da vítima, a mulher ainda teria dito “Pelo amor de Deus não atira”. Contudo, mesmo com a súplica de Elizângela, o policial militar Ezio atirou contra o rosto da vítima e tentou realizar outros disparos, só não obtendo êxito porque a arma descarregou.
“O tiro atingiu Elizangela em sua face, causando hemorragia ativa e determinando fraturas multifragmentadas no corpo da mandíbula, sendo que o projétil ficou alojado na região cervical posterior, havendo ainda infiltração líquido gasosa associada a rastilhos metálicos no trajeto que comprometem os espaços parotídeo, sublingual, vascular, parafaringeo e cervical posterior a direita”, aponta trecho do documento que especifica as lesões sofridas por Elizângela.
Além do disparo, Ezio ainda é acusado de ter sido pego com uma arma de fogo irregular após o crime.
Os policiais foram acusados, dentre outras coisas, sob o previsto na Lei número 8.072/90, que rege os crimes hediondos. Com a denúncia, o MPMT requereu que seja levantada a ficha criminal dos policiais, seja periciado o local do crime e que a vítima passe por perícia médica.
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