O governador Mauro Mendes (União Brasil) apontou a existência de um "delay" do governo federal para a viabilização dos projetos de ferrovias no país. Mendes usou como exemplo os Estados Unidos, que viu o oeste se desenvolver a partir da chegada dos trilhos. Em Mato Grosso, o pleito é pelo avanço das obras da Ferrogrão que tem trechos em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). Mauro destacou o esforço da classe polítca para destravar a construção do modal e lamentou que o Centro-Oeste ainda esteja "defasado" quanto ao sistema logístico para o escoamento dos grãos.
"Quando você fala nessa deficiência, vamos chamar de delay daquilo que o setor privado faz e governo faz. Sempre me lembro dos filmes americanos, que a conquista do oeste foi feita com o governo construindo ferrovias, as cidades e os vilarejos foram construídas depois. Nós, do Brasil, estamos fazendo um esforço grande para fazer essa ferrovia chegar ao oeste brasileiro. Estamos aí há alguns anos defasados. É essencial para a qualdiade de vida dos estados", disse o governador nesta quinta-feira (23), no AgroForum BTG Pactual.
Mauro Mendes relembrou a necessidade da sua gestão interferir na BR-163 buscando sua concessão para reverter o cenário recorrente da rodovia, classificada por ele como um "palco de tragédias".
"A BR-163, nós sabemos que foi palco de muita tragédias. O mais importante eixo do Centro-Oeste. Ela viveu um processo de concessão junto com outros oito porojetos. Sete naufragraram e só um sobreviveu. Modelo errado, equívocos cometidos por quem fez isso naquele momento em que o Brasil fez uma tentativa de banir alguns maus costumes envolvendo a iniciativa privada e levou ao colapso. A concessão não conseguiu responder, faltou capacidade de tomar crédito e o Estado estava sofrendo", falou o governador.
Diante do gargalo pela falta de melhorias na BR-163, Mauro frisou que o Executivo estadual precisou assumir a concessão e, até o final do seu mandato, vai entregar 6 mil quilomêtros de vias asfaltadas.
"Nós tivemos que nos aproximar e graças a Deus conseguimos fazer uma solução desruptiva do governo do Estado, de assumir uma concessão federal. O Estado não emite uma nota fiscal que gera receita, mas vive do que cobra. Quem faz isso com um pouco mais de eficiência, devolve esse dinheiro também. Por isso, vamos iniciar com quase 6 mil km de rodovias asfaltadas. Essa melhoria da infraestrutura, a ferrovia que etá chegando de Rondonópolis, está subindo, vai chegar na (BR) 070 até 2026, dentro do período contratual até Lucas do Rio Verde e a Cuiabá. Acreditamos que é mais um impulso a esse crescimento da logística, criando mais competitividade", finalizou Mauro Mendes.
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