A Justiça manteve a prisão de Juberlândio Diniz Alvarenga, acusado do homicídio de Roger André Soares da Silva, morto em 2022, no bairro Parque Cuiabá, na Capital. O caso ficou conhecido porque, depois de assassinar a vítima, Juberlândio teria desenhado cruzes de sangue no local do crime.
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Decisão da juíza Marina Carlos França, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, sobreveio aos autos depois de acórdão que anulou a primeira sentença de pronúncia do réu. A magistrada reanalisou o caso e concluiu pela segunda vez que Juberlândio deve ser submetido ao Tribunal do Júri.
Apesar de ter permanecido em silêncio durante interrogatório na Justiça, em outra ocasião, o réu chegou a confirmar que cometeu o crime e que teria utilizado um punhal, por isso precisou dar vários golpes na vítima.
Para a juíza Marina Carlos França, os indícios de autoria e materialidade estão suficientemente comprovados para que Jurbelândio seja pronunciado. Ela também decidiu manter as qualificadoras de recurso que dificultou a defesa da vítima, meio cruel e motivo fútil. O crime seria fruto do ódio que Juberlândio sentia por homossexuais.
Já a prisão foi mantida como forma de garantia da ordem pública, tendo em vista que o réu se identifica como um “serial killer” nas redes sociais.
PERFIL MÓRBIDO
O caso ficou conhecido pela morbidez do crime. Além de assassinar a vitima com 30 facadas, Juberlândio deixou uma 'assinatura' na cena do crime, desenhando três cruzes com o sangue de Roger. O corpo do rapaz também foi encontrado em posição de cruz. À época, cogitou-se que o número de cruzes desenhadas tivesse relação com o número de assassinatos cometidos pelo réu, no entanto, no decorrer do processo, a tese foi desmentida.
Juberlândio foi descrito na denúncia como uma pessoa de 'incomum periculosidade' e que venera personagens de ficção assassinos como Hannibal Lecter e Jason Voorhees, chegando a tatuar em seu corpo as imagens dos personagens. Segundo o MP, o réu chegava a se intitular como serial killer nas redes sociais e se identificava pelo apelido de “Maycon”, em alusão ao personagem Michael Myers, da série de filmes de terror Halloween.
O CRIME
O crime foi descoberto a partir da ligação da ex-companheira de Juberlândio ao proprietário do imóvel alugado pelo réu no bairro Parque Cuiabá, na Capital. Ela informou ao dono da casa que algo teria acontecido no local. Lá, a testemunha encontrou o corpo da vítima, mas Juberlândio já tinha fugido.
Durante a apuração sobre o homicídio, a Polícia Civil averiguou que, antes do crime, o autor ficou bebendo em um bar da região do Parque Cuiabá, onde teve contato com a vítima. Após manterem relação sexual, os dois tiveram um desentendimento, mas o investigado chamou a vítima para ir até sua casa, onde tudo ocorreu.
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