"A Constituição Federal foi cumprida e não há o que se falar em golpe”, diz governador Pedro Taques

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), comentou na manhã desta quinta-feira (12) a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) no Senado, durante a madrugada.

Dilma foi afastada com 55 votos favoráveis à denúncia e 22 contrários. Ela é acusa de ter cometido crime de responsabilidade, por conta das chamadas “pedaladas fiscais”. A petista fica afastada por 180 dias, enquanto o Senado julga se houve ou não o crime de responsabilidade.  

Taques lembrou que foi o primeiro governador brasileiro a defender publicamente o impeachment da petista e disse ainda que a Constituição Federal foi cumprida e “não há o que se falar em golpe”.

Revelou também que espera que o presidente interino, Michel Temer (PMDB), entenda o clamor das ruas: “O cidadão deseja uma sociedade livre da corrupção”, lembrou. E disse que tem expectativas otimistas com o novo governo. Para o governador, quem ganhou com a aprovação do seguimento do processo de impeachment foi o cidadão brasileiro.

“A União vai adotar medidas pra diminuir o desemprego e melhorar a economia. Vai poder repassar mais recursos para Mato Grosso, recursos que são devidos ao nosso estado”, disse Taques ao anunciar que deve ter uma reunião com Temer, para tratar das necessidades do Estado.

Maggi no Ministério 

Taques também comentou a nomeação do senador mato-grossense Blairo Maggi (PP) para o Ministério da Agricultura do governo Temer. O tucano reconhece o know how de Maggi e afirma que espera que Mato Grosso seja bem representado na Pasta.

Em outra ocasião, no entanto, Taques afirmou que não deve tratar Maggi como um interlocutor junto ao governo federal, sob a gestão de Temer. “Um governador de um estado importante como Mato Grosso não precisa de interlocutor para falar com o presidente da República. Eu fui eleito 833 mil votos e não preciso de interlocutor para falar com nenhuma autoridade do Brasil”.

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