Uma terça-feira de Carnaval se transformou num dia de horror em Sinop, a 487 km de Cuiabá, em 2023. Sete pessoas que "curtiam" o feriado num bar da cidade foram surpreendidas quando Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro, que entraram no estabelecimento com armas de fogo em punho e começaram a atirar. Inicialmente, foram contabilizadas seis mortes. Contudo, o número subiu para sete naquele fatídico 21 de fevereiro. Dez meses depois, Edgar Ricardo de Oliveira aguarda julgamento popular. O comparsa dele, Ezequias Souza, morreu em confronto com a polícia.
LEIA MAIS: Homem executa seis pessoas dentro de bar porque perdeu jogo; veja vídeo
Logo nos primeiros momentos após o crime, a Polícia Militar - primeira força de segurança a chegar ao local - tomou conhecimento de que a motivação do crime seriam as suscessivas derrotas da dupla de executores em partidas de sinuca. Depois de matar sete pessoas, incluindo uma menina de 12 anos de idade, Edgar Ricardo e Ezequias fugiram do local.
O que veio a seguir foi um intenso trabalho da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para encurralar os autores do crime bárbaro. No dia seguinte à chacina, Ezequias Ribeiro entrou em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar e morreu no hospital. Na sequência, Edgar Ribeiro, por intermédio de seu advogado, Marcos Vinícius Borges - que veio a ficar conhecido como "advogado ostentação" - anunciou que iria se entregar.
LEIA MAIS: Criminoso que praticou chacina em Sinop é morto em confronto com Bope; veja vídeo
Preso preventivamente, o autor da chacina precisou ser transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE) em virtude das constantes ameaças à sua integridade física. Em março, Edgar Ricardo de Oliveira foi denunciado pelo crime que chocou o país.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu que ele fosse submetido ao júri popular por sete homicídios qualificados (motivo torpe, emprego de meio cruel, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), furto qualificado e roubo majorado. Em um dos homicídios, foi acrescida a qualificadora por ter matado vítima menor de 14 anos.
LEIA MAIS: MP denuncia autor da chacina que deixou sete mortos em bar de sinuca de Sinop
A primeira audiência sobre o caso só viria a acontecer em junho, quando o réu optou por manter o 'silêncio parcial'. Na ocasião, Edgar Ricardo de Oliveira só respondeu às perguntas da defesa. Durante a instrução processual, os advogados que representam o autor da chacina tentaram convencer a juíza de que o crime não ocorreu por conta da jogatina, mas sim por desavenças anteriores às mortes.
O argumento, contudo, foi descartado quando, em agosto deste ano, a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, pronunciou ao réu ao Conselho de Sentença. A magistrada acolheu as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e que resultou em perigo comum, recurso que dificultou a defesa das vítimas, vítima menor de 14 anos, concurso de pessoas e emprego de arma de fogo.
LEIA MAIS: Juíza determina que autor da chacina de Sinop enfrente júri popular
A decisão precisou ser novamente publicada em outubro, em virtude de uma falha processual. No decorrer de novembro, a defesa e o Ministério Público se manifestaram acerca das provas que pretendem produzir no julgamento. A data para o júri permanece em aberto.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.