O conselho do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) afastou o diretor geral da Adufmat (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso), Reginaldo Araújo, por conta de denúncias de assédio sexual, moral e apropriação indevida de salários de funcionários e ainda lhe excluiu do quadro de filiados. O afastamento e a punição estão em vigor desde o dia 17 de julho e impedem o sindicalista de permanecer à frente da Adufmat até julho de 2023.
Em entrevista ao HNT, Reginaldo Araújo negou veementemente todas as acusações e diz que está formulando sua defesa para questionar o afastamento na esfera administrativa e também na Justiça.
Filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores), Reginaldo Araújo chegou a ter o nome defendido para ser candidato ao governo do Estado nas eleições de outubro pelo grupo político liderada pelo deputado estadual Lúdio Cabral. No entanto, o projeto não emplacou. Atualmente, o PT integra uma federação formada pelo PCdoB e PV, que apoia a candidatura da primeira dama por Cuiabá, Márcia Pinheiro, na disputa ao Palácio Paiaguás.
A denúncia que culminou no afastamento foi feita por uma funcionária que trabalhou até meados de 2021. Apesar disso, Reginaldo Araújo tem tido o apoio de professores universitários que consideram seu afastamnento injusto por não valorizar o conteúdo da sua defesa.
"Eu avalio tudo isso com muita tristeza e indignação, porque as acusações que me foram imputadas são muito graves, especialmente quando a gente vê a partir de uma perspectiva de militante. Acusações de assédio moral, de assédio sexual, de rachadinha - uma expressão que alguns membros do Andes-SN utilizaram para me acusar de apropriação de recursos da servidora -, contra toda uma história, toda uma prática de construção que nós fazemos dentro do movimento sindical. Eu vejo com muita tristeza e indignação como esse processo foi feito para garantir uma condenação", declarou.
Reginaldo Araújo ainda disse que encara o afastamento como consequência de uma disputa política no núcleo do sindicato. "Apresentei minha defesa e não foi acessada na íntegra pelos julgadores. Foi um julgamento político que não permitiu o contraditório e a ampla defesa", concluiu o sindicalista.
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