Em discurso preparado, Nagel sugeriu que há riscos maiores de persistência da inflação elevada.
"Até mesmo uma acomodação temporária da inflação em nível elevado traz o risco de desancoragem das expectativas. Não podemos permitir que isso se materialize", afirmou ele, que também é presidente do BC da Alemanha. "Caso a pressão sobre os preços seja renovada no médio prazo, teremos que agir novamente."
Entre as possíveis razões para nova alta da inflação, Nagel destacou as incertezas geopolíticas e a necessidade de aumentar a resiliência das cadeias de suprimentos de bens estrategicamente importantes. Outro fator seria a transição para uma economia descarbonizada, que teria impacto inflacionário inicial da saída de fontes de energia fóssil.
Ainda, o dirigente apontou a queda na demografia populacional de países desenvolvidos, com efeitos sobre o mercado de trabalho. "A falta de mão de obra é cada vez mais notável em países desenvolvidos. Projeto que a força de trabalho potencial deve ter queda de 80 mil pessoas por ano, em média, a partir de 2026", afirmou.
Para Nagel, uma política monetária apertada e juros mais elevados devem ajudar a controlar a inflação, atingindo a meta de estabilidade de preços em 2% no médio prazo.
(Com Agência Estado)
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