O ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) lamentou que a fusão do partido com o Podemos não tenha properado. Leitão endossou análise do presidente estadual do PSDB, Carlos Avallone, ao HNT TV Entrevista - podcast do Hipernotícias - que a federação é uma "questão de sobrevivência" e ressaltou que a negociação com o Republicanos - plano B dos tucanos - está em estágio avançado.
Com poucos parlamentares em Brasília, o PSDB é penalizado com a cláusula de barreira - aprovada na mirreforma eleitoral em 2017, que contou, inclusive, com o apoio de Nilson Leitão - e, para não perder tempo de TV e rádio, além do direito de ter acesso ao fundão, a sigla é obrigada a federar.
"Com o Podemos não avançou como imaginávamos. Era o nosso desejo inicial estar junto com o Podemos e transformar num partido só, num grupo só, num novo time. A minha ideia, a minha proposta, era justamente fazer uma reorganização partidártia e, infelizmente, ela não prosperou", disse o ex-deputado com exclusividade à reportagem do HNT.
Antes da fusão com o Podemos, o PSDB discutia incorporação com o MDB, o que faria o partido retornar à origem. No entanto, houve resistência ao acordo pois a maioria entendeu que iria diluir a força política dos tucanos, fazendo a sigla perder parte da orientação ideológica ao centro, uma vez que o MDB está mais inclinado à esquerda, fazendo parte da base do presidente do Lula (PT).
Com o MDB riscado da lista de possibilidades, os tucanos investem no diálogo com o Republicanos, progressista em medida semelhante ao partido, agradando os filiados mais antigos.
"Quanto a federação, está muito próxima. Estamos conversando com o Republicanos, o MDB foi um grupo que se conversou lá atrás e foi retomado, mas acredito que a conversa mais próxima, nos próximos dias é do Republicanos e é uma questão, como diz o Avallone, de sobrevivência mesmo", acentuou Nilson Leitão.
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"Hoje, com a nova legislação os partidos que não se organizarem ou se juntarem, eles vão se esvaindo, vão se perdendo no meio do caminho e a ideia é essa mesmo de diminuir a quantidade de partidos no Brasil. Essa foi a intenção do projeto de 2017 que eu ajudei a aprovar, fazer com que aja, no máximo, sete ou oito partidos no Brasil. Não mais 40 como outrora", emendou Leitão.
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