O governador Mauro Mendes (União Brasil) manteve a neutralidade quando questionado sobre possíveis alianças ideológicas e seus planos para 2026. Nesta quarta-feira (17), ele reiterou que os resultados que obteve até o momento são frutos do trabalho bem sucedido da gestão e que as próximas eleições serão discutidas em momento oportuno.
"A minha aliança é com Deus e com o povo de Mato Grosso. E a minha eleição foi pelos resultados que o governo construiu, não por qualquer aliança política", disparou o governador à imprensa.
Nas eleições de 2022, o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), veio a Mato Grosso e participou de diversas agendas com Mauro Mendes. Ambos se apoiaram. As aparições públicas foram compreendidas pelos mato-grossenses como uma declaração do lado político que Mauro estava escolhendo, se inclinando aos conservadores. Bolsonaro venceu no estado, porém, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) somou a maior quantia de votos do país, obrigando o governador a abrir diálogo com o presidente do Partido dos Trabalhadores.
Como presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), representando os governadores de oito estado, Mauro Mendes precisa ter um bom relacionamento com o governo federal. Somente neste ano, foi convidado diretamente por Lula para compor o dispositivo do lançamento de dois programas em Brasília, sentando ao lado do presidente.
O destaque tem contribuído para o ganho de musculatura nas conjunturas nacionais. Mauro Mendes é ventilado a vice do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que já confirmou o interesse de pleitear a presidência em 2026. Se a conjectura não prosperar, a outra alternativa de Mendes é o Senado. Mas ele mantém segredo sobre as articulações.
"Por dezenas de vezes eu falei que eleições 2026, eu discuto só em 2026", declarou em coletiva no Palácio Paiaguás.
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