O governador Mauro Mendes (União Brasil) endureceu o tom e cobrou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), intensifique a promoção de políticas contra os desmatamentos ilegais e deixe de promover falas com referências pejorativas ao agro de Mato Grosso que, segundo ele, cumpre a legislação. Mauro lembrou a COP (Conferência do Clima) de Belém, no Pará, onde o presidente da França, Emmanuel Macron, criticou o Brasil sendo que em seu país a pauta da governança climática é pouco discutida. Na ocasião, o cacique Raoni Metuktire fez críticas à Ferrogrão e também foi questionado por Mendes.
O episódio desestimulou Mauro a participar da COP 29, realizada em Baku, no Azerbaijão, em novembro deste ano. Será a primeira vez que o governador faltará ao evento desde que assumiu o Paiaguás em 2018.
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"Tenho muito medo do que pode acontecer nessa COP. Percebi que existia um movimento na área ambiental do governo federal de tentar levar o Brasil ao desmatamento zero e não ao desmatamento ilegal zero. Estamos convivendo há muitos anos com a ilegalidade e a omissividade de alguns que deveriam agir", disparou Mendes.
Caminhando de encontro à afirmação do governador, dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), apontam que as propriedades rurais ajudam a preservar 40% do território do estado.
Mauro defendeu o endurecimento da legislação contra crimes ambientais. Conforme ele, mesmo com os esforços da sua gestão em enfrentar a ilegalidade, os culpados acabam soltos.
"Essas brechas que existem na lei brasileira, tiram a nossa credibilidade de dizer que o Código Florestal do nosso país é uma lei protetiva. A não correta aplicação e as flexibidades que elas geram faz com que percamos a nosa credibilidade mundial. Lei inteligente, muda o padrão de comportamento da sociedade", finalizou.
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