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Mundo Segunda-feira, 11 de Abril de 2011, 16:32 - A | A

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Segunda-feira, 11 de Abril de 2011, 16h:32 - A | A

Costa do Marfim

Após ser detido, Gbagbo pede o fim dos combates

Presidente em exercício foi preso pelas tropas rivais esta manhã, após invasão ao palácio

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

TCI via APTN/AP
Laurent Gbagbo foi detido por forças leais ao seu rival, confirmou a ONU
Horas após ser detido, na manhã desta segunda-feira, o líder da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, disse em entrevista ao uma emissora de TV que pediu às tropas leais a ele que "parem com as armas".

Nas imagens pode-se ver Gbagbo entrar num quarto e sentar-se na cama, rodeado por vários homens de pé, com os quais ele conversa.

Entre eles, seu filho Michel, o ministro do Interior de Ouattara, Hamed Bakayoko, e o comandante Issiaka Ouattara, chamado "Wattao", um dos chefes militares das forças pró-Ouattara.

Um dos homens o ajuda a retirar a camisa, seu filho lhe estende uma toalha branca com a qual enxuga seu rosto de suor, depois o ajuda a vestir outra camisa de cor verde, com motivos africanos.

Outra imagens mostram sua esposa Simone Gbagbo, despenteada, e escoltada por homens não identificados.

INVASÃO E PRISÃO

As declarações chegam apenas horas depois que o líder, que se recusava a entregar o poder ao presidente eleito Alassane Ouattara, foi preso durante uma invasão à sua residência.

Participaram da ação as tropas leais a Ouattara, além de soldados das Nações Unidas e da França, que também mantém uma missão de paz no país.

"A missão da ONU na Costa do Marfim confirma que o ex-presidente Laurent Gbagbo se rendeu às forças de Outtara e está sob custódia", disse o porta-voz da organização, Farhan Haq. Segundo ele, a missão da ONU no país, conhecida como UNOCI, está providenciando "segurança, de acordo com seu mandato".

O enviado da ONU ao país, Youssoufou Bamba, disse que Gbagbo está "vivo e bem" após sua detenção e será levado a julgamento.

Gbagbo e sua mulher, Simone, foram levados ao quartel-general de Ouattara, afirmou Anne Ouloto, porta-voz do presidente reconhecido internacionalmente.

Anteriormente, um assessor de Gbagbo na França havia dito que forças especiais francesas o teriam detido e entregado aos líderes da oposição rebelde.

O presidente estava vivendo em um bunker na residência em Abidjan há cerca de uma semana. Depois de uma década no poder, ele se recusa a sair apesar de as Nações Unidas terem reconhecido o presidente eleito nas eleições de novembro, Alassane Ouattara.

Issouf Sanogo/AFP
População comemora, em Abidjan, a prisão de Gbagbo

Tanques franceses avançaram pelo centro de Abdijã na manhã desta segunda-feira, um dia depois de um segundo bombardeio aéreo que alvejou posições de Gbagbo na capital.

A poucos metros da casa de Gbagbo, moradores disseram ter visto dez veículos blindados com a bandeira francesa circulando na manhã de hoje, o que forçou os homens leais ao presidente a deixarem a região. Dois dos tanques bloquearam o acesso à região, enquanto os outros seguiram para a casa do presidente.

Na região comercial de Plateau, testemunhas dizem ter visto soldados franceses se confrontando com seguidores de Gbagbo perto do palácio presidencial.

Gbagbo perdeu o controle do país há cerca de duas semanas, quando partidários de Ouattara tomaram conta do norte e do oeste do país, além de Abdijã.

A atual crise marfinense começou depois do segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de novembro, quando Gbagbo, presidente da Costa do Marfim desde 2000, se negou a admitir sua derrota frente a Ouattara e a ceder o poder, apesar do forte pressão internacional para que deixe a presidência.

BOMBARDEIOS

Neste domingo, helicópteros da França e da ONU lançaram foguetes contra a residência de Gbagbo, em uma retaliação aos ataques contra civis.

Moradores próximos do complexo presidencial disseram ter visto dois helicópteros da ONU Mi-24 e um francês abrirem fogo contra a residência, onde Gbagbo se mantém em um bunker.

Um repórter da agência Associated Press relatou que helicópteros decolaram de uma base militar e minutos depois foram ouvidas explosões na direção da residência do presidente. Outros helicópteros franceses partiram nas horas seguintes e novos bombardeios foram ouvidos.

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