Uma mulher de 30 anos também denunciou o advogado Cleverson Campos Contó, de 33 anos, por tentativa de estupro e assédio. A denúncia foi feita no último dia 11, na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá.
Adrielli Marques relatou que sofreu humilhações durante três meses em 2012, enquanto trabalhava para o advogado. Segundo o relato, ela deixou o escritório após discussões com Contó.
Já em 2018, a vítima relatou que encontrou Contó em um suspermercado e durante uma conversa, o advogado ofereceu uma vaga de emprego para ela, em seu escritório. Tempos depois, Adrielli foi até a empresa para fazer uma entrevista acreditando que o suspeito teria amadurecido e se tornado mais profissional.
Ao chegar no local, a entrevista ocorreu normalmente, porém ao término das perguntas, Contó teria se levantado, ficando ao lado de Adrielli, pegando em seu ombro. Em seguida, a mulher relatou que ficou paralisada se questionando se ele estava insinuando algum ato sexual.
Logo depois, o advogado teria tentado tirar a calça da vítima dizendo "deixa eu ver sua calcinha".
"A vítima começou a puxar suas calças tentando impedir que o suspeito tirasse-as, e suplicando para o agressor parar", diz trecho da decisão.
Adrielli conseguiu deixar o escritório minutos depois e foi embora.
“A declarante (...) correu para a porta saindo do local; que a mesma continuou olhando para atrás temendo que o suspeito estava lhe seguindo, porém o mesmo não a perseguiu e a vítima”.
Denúncias
No começo do mês um grupo de mulheres denunciou Contó por uma série de agressões, entre elas abusos sexuais e psicológicos. A digital influencer Mariana Vidotto usou as redes sociais para contar sobre o relacionamento conturbado que teve com o advogado.
A médica Laryssa de Moraes também relatou ter sofrido agressões. Em vídeos publicados no Instagram, no começo do mês, ela contou que teve o nariz quebrado e as retinas deslocadas devido às agressões de Contó. A médica também relatou que o homem ameaçou estuprá-la com um pen-drive.
"Eu decidi que não vou ficar off, mesmo com medo de morrer, porque sim, eu estou sendo ameaçada, porque só ontem mais quatro vítimas apareceram, vítimas de agressão, que foram coagidas e nunca se manifestaram. É muito triste, mas é um dever meu como cidadã alertar a população", disse a médica.
A defesa do advogado, representada por Eduado Mahon, alegou que seu cliente está sendo alvo de uma articulação de mulheres "para extorquir recursos financeiros".
Mahon informou ainda que não existem exames ou prontuários médicos apontando as agressões que foram relatadas pela médica Laryssa Moraes e a influencer digital Mariana Vidotto. "Não vi prontuários médicos, nenhum olho roxo, não vi compras de medicamentos e nenhuma prova rigorosa de que isso tenha acontecido", ressaltou.
LEIA MAIS: Defesa de advogado alega falta de provas e extorsão de R$ 500 mil
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