Terça-feira, 30 de Dezembro de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,36
euro R$ 6,23
libra R$ 6,23

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,36
euro R$ 6,23
libra R$ 6,23

Cidades Terça-feira, 30 de Dezembro de 2025, 08:24 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2025, 08h:24 - A | A

"DOR NÃO É BANDEIRA"

Irmã de vítima pede que cunhado não use chacina de Sorriso para promoção eleitoral

Regivaldo é pré-candidato a deputado federal; família de ex-esposa dele pede que crime não seja explorado na campanha.

APARECIDO CARMO
Da Redação

Valdete Calvi pediu que o ex-cunhado, Regivaldo Batista Cardoso, não use políticamente o crime que vitimou a irmã dela, Cleci Calvi Cardoso, e as três sobrinhas Miliane, Manuela e Melissa. As quatro foram assassinadas dentro de casa, em 2023, na cidade de Sorriso (397 km de Cuiabá). Regivaldo é pré-candidato a deputado federal.

A nota foi divulgada pelo jornalista Roberto Santos no Instagram. Posteriormente, o mesmo vídeo foi repostado por Valdete Calvi.

No texto, ela afirma que a irmã e as sobrinhas foram vítimas de um “crime brutal”, que causou uma “dor permanente, que não pode ser relativizada, explorada ou utilizada como instrumento de promoção pessoal ou política”.

“Diante disso, é imprescindível registrar que não autorizamos, em nenhuma hipótese, o uso da imagem, do nome, da memória ou da história da família para fins políticos, eleitorais ou midiáticos”, afirma no posicionamento.

Valdete explica que não se opõe à candidatura do ex-cunhado e deseja sucesso, “desde que isso ocorra por mérito próprio, por suas ideias, propostas, capacidade e compromisso com a sociedade e não pela associação à tragédia que atingiu a nossa família”.

“Nossa dor não é bandeira. Nossa história não é ferramenta eleitoral. A memória das meninas não será usada como argumento político”, prossegue o texto.

Por fim, afirma que o objetivo da comunicação é resguardar a dignidade das vítimas e assegurar que a memória delas seja respeitada.

ENTENDA O CASO

Regivaldo Batista Cardoso se tornou uma figura pública em todo o estado após o assassinato da família. Ele é caminhoneiro e não estava em casa no momento do crime, ocorrido em novembro de 2023.

As vítimas, Cleci Calvi Cardoso, 46; Miliane Calvi Cardoso, 19 anos; Manuela Calvi Cardoso, 12 anos e Melissa Gabriela Cardoso, de 10 anos foram encontradas mortas, com diversos ferimentos no corpo, dentro da casa da família na manhã de 27 de novembro.

O assassino, Gilberto Rodrigues dos Anjos, foi preso em flagrante no mesmo dia. Ele trabalhava e morava em uma obra próxima à residência da família. Levado à julgamento, ele foi condenado a 225 anos de prisão em regime fechado.

Leia a íntegra do posicionamento:

Diante do cenário político que se aproxima no ano de 2026, me manifesto de forma clara, responsável e inequívoca.

Minha irmã e minhas sobrinhas foram vítimas de um crime brutal que marcou de forma irreversível a história da nossa família. Trata-se de uma dor permanente, que não pode ser relativizada, explorada ou utilizada como instrumento de promoção pessoal ou política.

É de conhecimento público que o pai das meninas, em razão da repercussão desse episódio, tornou-se uma figura conhecida e hoje se apresenta como pré-candidato a cargo eletivo. Diante disso, é imprescindível registrar que não autorizamos, em nenhuma hipótese, o uso da imagem, do nome, da memória ou da história da família para fins políticos, eleitorais ou midiáticos.

Reafirmo, contudo, que não me oponho à sua candidatura. Desejo, inclusive, que ele possa alcançar êxito, desde que isso ocorra por mérito próprio, por suas ideias, propostas, capacidade e compromisso com a sociedade e não pela associação à tragédia que atingiu nossa família.

A eventual eleição deve ser fruto de projetos concretos, responsabilidade pública e atuação humana e ética, jamais da instrumentalização de uma dor que não pode ser convertida em discurso político.

Nossa dor não é bandeira.

Nossa história não é ferramenta eleitoral.

A memória das meninas não será usada como argumento político.

Este manifesto tem como finalidade estabelecer limites claros, resguardar a dignidade das vítimas e reafirmar que a memória de minha irmã e de minhas sobrinhas deve ser preservada com respeito, humanidade e silêncio jamais explorada.

Este é meu posicionamento.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros