Mato Grosso segue desperdiçando cerca de 35% de toda a água tratada antes mesmo de chegar às torneiras, percentual próximo da média registrada na região Centro-Oeste e muito acima do que técnicos classificam como “índice eficiente”. Os dados constam no Estudo de Perdas de Água 2025, produzido pela GO Associados em parceria com o Instituto Trata Brasil.
O número significa que, a cada 10 litros produzidos, 3,5 litros se perdem em vazamentos, fraudes, falhas de medição ou estruturas antigas, um cenário que encarece o abastecimento, pressiona os mananciais e afeta diretamente o bolso do consumidor.
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IMPACTO FINANCEIRO: PREJUÍZO DE MILHÕES
Segundo a metodologia usada pelo estudo nacional, perdas dessa magnitude geram dois prejuízos simultâneos:
- Custo operacional maior: a empresa precisa captar, tratar e bombear mais água para compensar aquilo que se perde nas redes.
- Queda de receita: parte da água consumida não é medida ou faturada.
Aplicando a lógica do estudo ao volume de produção das cidades mato-grossenses, o desperdício atual pode representar milhões de reais por ano em custos extras, recursos que poderiam ser destinados a modernização de redes, substituição de tubulações e redução de tarifas.
META FEDERAL NÃO É CUMPRIDA
A Portaria 490/2021 do Ministério das Cidades estipula metas gradativas para redução de perdas, prevendo que os estados avancem rumo ao índice de 25% até 2034. Com a marca de 35%, Mato Grosso ainda está 10 pontos percentuais acima do patamar considerado aceitável.
O cenário coloca o estado entre os que precisam acelerar investimentos para não comprometer a universalização do saneamento.
EXPANSÕES E OBRAS
Procurada, a concessionária responsável pelo abastecimento nas maiores cidades afirmou que:
- A expansão urbana acelerada
- O envelhecimento das redes
- E as altas temperaturas que elevam a pressão nas tubulações
são fatores que contribuem para o índice atual.
A empresa destacou que mantém programas de caça-vazamentos, troca de hidrômetros e substituição de redes antigas, afirmando que há projeção de redução contínua das perdas nos próximos anos.
ALERTA DE ESPECIALISTAS
Técnicos do setor reforçam que reduzir perdas é uma das formas mais rápidas e baratas de ampliar a disponibilidade de água sem a necessidade de novos mananciais. Além disso, municípios com índices inferiores a 25% conseguem:
- Tarifas mais estáveis
- Menor risco de rodízios
- Melhor qualidade do abastecimento
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