Cuiabá e Várzea Grande figuram entre as cidades que mais desperdiçam água no país quando considerado o desempenho do estado no Estudo de Perdas de Água 2025, produzido pela GO Associados e Instituto Trata Brasil. Embora o relatório não apresente dados individuais por município, ele mostra que Mato Grosso tem um dos piores indicadores estaduais do Brasil, com 36,39% de perdas na distribuição, ocupando o 25º lugar entre as 27 unidades da federação.
Como Cuiabá e Várzea Grande concentram a maior parte das ligações, do consumo e da estrutura de abastecimento do estado, o desempenho ruim de Mato Grosso reflete diretamente a situação das duas cidades, colocando-as entre os maiores desperdícios do país.
CENTRO-OESTE NÃO CUMPRE META FEDERAL
O estudo aponta ainda que o Centro-Oeste está acima da meta federal de perdas por ligação, que estipula o limite de 216 litros por ligação por dia. Dessa forma, Cuiabá e Várzea Grande, que são os principais polos urbanos do estado, seguem inseridas em um cenário regional que não atinge os parâmetros mínimos de eficiência.
RISCO PARA O ABASTECIMENTO
O relatório destaca que perdas acima do recomendado:
- aumentam o risco de interrupções,
- pressionam os mananciais,
- elevam custos operacionais,
- comprometem a sustentabilidade financeira dos sistemas,
- e tornam mais difícil cumprir as metas de universalização até 2033.
Embora não detalhe situações locais, o estudo mostra que todo estado com perdas acima de 30% enfrenta desafios semelhantes, especialmente em áreas densamente povoadas.
DESEMPENHO ESTADUAL É INFLUENCIADO POR CUIABÁ E VG
Com Mato Grosso registrando 36,39% de perdas, muito acima da meta federal de 25%, o estudo reforça que o estado:
- desperdiça mais água tratada que a média nacional,
- está distante dos padrões internacionais de eficiência,
- e necessita ampliar ações de monitoramento e modernização da rede.
Como as maiores cidades respondem por grande parte da produção e distribuição, Cuiabá e Várzea Grande são diretamente impactadas por esse quadro e contribuem significativamente para o índice estadual.
AVANÇOS ESTRUTURAIS SÃO RECOMENDADOS
Entre as medidas apontadas para reverter o cenário, o relatório lista:
- modernização de redes,
- melhoria dos sistemas de medição,
- combate a perdas aparentes (fraudes e hidrômetros imprecisos),
- detecção rápida de vazamentos,
- e automação dos sistemas.
O estudo conclui que, sem avanços consistentes, estados com desempenho similar ao de Mato Grosso, e, portanto, suas maiores cidades, podem não alcançar os níveis de eficiência previstos pelo Marco Legal do Saneamento.
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