Há mais de seis anos, quando eu estava atuando como mediadora, conheci a constelação familiar. Para quem não sabe, a mediação é uma alternativa mais rápida e prática para resolver os atritos, tanto no judiciário como fora dele, sempre buscando a empatia. É como tomar um cafezinho e “botar as cartas na mesa”.
Na época, peguei um caso específico que parecia uma novela mexicana, daquelas que não acabam nunca. A mediação não estava dando conta das necessidades daquele pessoal. Vira e mexe, o caso era reaberto. Só a constelação familiar deu um jeito no bafafá todo.
Foi aí que me interessei por essa abordagem. Fui procurar saber o que era para entender melhor. Logo, apliquei a técnica em mim mesma, porque santo de casa tem que fazer milagre! Estudei, me formei e comecei a atuar como profissional na área.
Achei que tinha feito transição de carreira, porque na época o Direito já não fazia tanto sentido para mim. Havia uma maneira mais eficaz para solucionar um problema. Mas, agora me lembrei do sábio imperador romano Marco Aurélio Antonino, que dizia: “o mundo é uma constante transformação; e a vida, opinião.” Bem, seguindo essa filosofia, aqui estou eu me transformando novamente. Nessa perspectiva, percebi que ao invés de abandonar uma carreira para abraçar outra, é possível uni-las de maneira enriquecedora. Assim como na neuroconstelação, que une as regiões dos cérebros emocional, racional e reptiliano, eu decidi que posso integrar a clareza racional da mediação com a compreensão mais profunda das interações familiares, que é a constelação familiar.
Essas abordagens estão respaldadas no Código de Processo Civil e na Resolução n. 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça.
Por exemplo, imagine um pai indo até o Juiz discutir a pensão alimentícia e dizendo que não vai pagá-la, porque a mãe da criança pode gastar o dinheiro em sapatos. Ao ser primeiro submetido a uma neuroconstelação familiar, ele pode entender a fundo o que está por trás daquele pensamento. Clareado isso, ele pode ir a uma mediação com uma solução mais justa e satisfatória para todos.
A abordagem sistêmica na mediação não se limita à treta. Ambas são ferramentas de paz, que auxiliam a ver além do conflito. Elas consideram as relações, o contexto, os sentimentos, as histórias de vida e os papeis de cada um na família para aí sim dialogar.
Essa visão é uma maneira poderosa de resolver conflitos de forma extrajudicial, de forma mais eficiente. Afinal, a missão primordial da Justiça é estar a serviço da reconciliação e da paz social, fundamentada nos princípios constitucionais da dignidade humana, da justiça social, do acesso à justiça, da eficiência e dos direitos sociais.
Então, com alegria que anuncio: continuo sendo neuconsteladora, e agora também volto com entusiasmo às minhas funções de advogada e mediadora extrajudicial. E, em parceria com o escritório de advocacia e consultoria Nadaf Borges Moraes Costa estamos oferecendo atendimento de mediação extrajudicial e constelação familiar a fim de auxiliar nas soluções de questões de direito de família de forma mais pacífica.
(*) BRUNA BERTHOLDO é Advogada, Mediadora extrajudicial e Neuronconsteladora familiar Escreve para HiperNotícias às quintas-feirasInstagram e facebook: brunabertholdocf
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