Os Correios receberam nesta terça-feira (30) um aporte de R$ 10 bilhões em empréstimos, após a publicação do contrato de garantia entre a União e um consórcio de bancos. O acordo, que prevê um total de R$ 12 bilhões, tem a União como avalista e foi autorizado pelo Tesouro Nacional. Os R$ 2 bilhões restantes devem ser liberados em janeiro.
O contrato, válido até 2040, envolve Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A taxa de juros foi fixada em 115% do CDI, abaixo do teto de 120% estabelecido pelo Tesouro. Caso a estatal não consiga honrar os pagamentos, o governo federal assumirá a responsabilidade.
Segundo o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, a empresa ainda avalia captar mais R$ 8 bilhões para concluir seu plano de reestruturação, que inclui corte de gastos, venda de imóveis e fechamento de agências. O objetivo é reverter 12 trimestres consecutivos de prejuízos e retomar a lucratividade a partir de 2027.
O plano prevê redução de R$ 2,1 bilhões em custos com pessoal, venda de R$ 1,5 bilhão em imóveis não operacionais e fechamento de mil agências deficitárias. Também está prevista a implementação de um programa de demissão voluntária (PDV), com expectativa de reduzir em 15 mil o quadro de funcionários.
A estatal registrou prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025 e projeta perdas que podem chegar a R$ 23 bilhões em 2026, caso não haja ajustes. A expectativa é alcançar receita de R$ 21 bilhões em 2027, frente aos R$ 18,9 bilhões registrados em 2024.
Além da reestruturação interna, os Correios planejam investir R$ 4,4 bilhões entre 2027 e 2030, com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, destinados à automação de centros de tratamento, renovação da frota e modernização da infraestrutura de TI e logística.
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