Mayke Toscano |
Estes são os defensores que usam a célebre frase: “faça o que digo nunca o que faço”.
Não tem coragem de aplicar seus conhecimentos adquirido nos seus cursos em casa, junto com sua mulher e filhos, levando um bandidinho de menor, um latrocida ou um estuprador para recupera-lo e demonstrar à sua família que esses facínoras podem ser devolvido à sociedade e ocupar a qualquer momento o lugar de Sua Santidade o Papa Francisco, após ser devolvido “limpo” à sociedade.
Vivem de sonho, de teoria aplicada há mais de cinco décadas que nunca dá certo pois a violência aumenta cada vez mais. É um povo que tem muita dificuldade de admitir que lugar de bandido é na cadeia ou no cemitério.
O que tenho eu a ver com os milhares de dólares roubados pelo ex-juiz Lalau e seus asseclas?
O que tenho eu a ver com os milhares de dólares que a Georgina surrupiou do INSS?
O que tenho eu a ver com a corja que “esfarinhou” a Petrobras?
O que tenho eu a ver com o latrocínio de um correto pai de família dono de um lava jato?
O que tenho eu a ver com o crime dos Nardoni em São Paulo?
O que tenho eu a ver com as balas perdidas nas favelas do Rio de Janeiro que matam crianças adultos e velhos?
Interessa-me preocupar com milhares de cidadãos perdidos e a beira da morte amontoados pelas cracolandias existentes em quase todas as grandes cidades deste país?
O que tenho a ver com milhares de pessoas que morrem nas filas dos postos de saúde e hospitais? E daí?
Parece que nessas desgraças todas meu minguado dinheirinho não foi também surrupiado. Parece que os impostos pagos por mim não foram roubados pelas quadrilhas acima.
Mas, resolvi mudar de lado. Não vou consertar o mundo, mas vontade nunca me faltou.
Então por que eu colocar minha cara a tapa, tentado sacolejar a sociedade e o povo brasileiro para reagir a esse mar de lama que cobre o país, enquanto meia dúzia de frouxos me apedrejam?
Que se dane o que não me diz respeito. É cômodo ficar do outro lado com pedras na mão pronto a atira-las naqueles que se preocupam com quem pouco sabem e naqueles que nem sabem reivindicar seus direitos.
Vou a partir de hoje, só escrever inspirado em alguns articulistas que só escrevem o óbvio, tal como o fogo é quente, o gelo é frio, o sal é amargo e o açúcar é doce. Assim estarei de bem com todos e não mais serei incomodado com os que confundem minha indignação com empolgação.
Então, vida longa aos “de menor”, aos estupradores, aos latrocídas e aos traficante.
“Tamo” junto! Fui.
*EDUARDO PÓVOAS é odontólogo cuiabano pós-graduado pela UFRJ.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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Maria Goretti 09/02/2015
Dr.Eduardo,esteja certo de que o senhor não está sozinho nessa.O cidadão comum,que vive acuaso por essa horda de fascínoras,as pessoas que vivem dos seus trabalhos e não de escrever teses sobre a violência(mas longe dela) compartilham de suas opiniões...
Everton 09/02/2015
Uma salva de palmas para o senhor
2 comentários