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Lisboa – O deputado estadual fluminense Marcelo Freixe, do PSOL, foi figura de destaque na CPI das Milícias. Sua vida virou um inferno. Sua família perdeu a paz.
Diante da indiferença do governo do estado, que jamais investigou as ameaças de morte a sério, aceitou convite da ONG Anistia Internacional e embarcou, no início de novembro, para a Europa.
Seu entendimento era que, se o caso ganhasse repercussão internacional, poderia retornar ao Brasil menos inseguro. Se tivesse permanecido no Rio de Janeiro, talvez já tivesse tido o mesmo destino da juíza Patrícia Acioly, assassinada por réu confesso que tem muitas possibilidades de sair impune do gesto de barbárie que praticou.
Não existe mais Estado no Brasil, a não ser que se o entenda como sendo as tetas onde a cleptocracia no poder mama desvairadamente dinheiro público. Um parlamentar é ameaçado e, para tentar sobreviver, vê-se obrigado a sair do País. Chegamos ao fim da linha. Ao fundo do poço.
Enquanto isso, cinco ministros foram demitidos acusados de graves irregularidades e, sem exceção, seus substitutos vieram dos mesmos partidos que os indicaram à presidente Dilma Rousseff. É a tal “porteira fechada”, que confunde a coisa pública com fazenda e boiada e dá a esses partidos direito de baraço e cutelo sobre os Ministérios a eles “pertencentes”.
O penúltimo caso foi o do ministro do Esporte, Orlando Silva, que aparelhou essa pasta em benefício próprio, de alguns “camaradas”e da máquina do PC do B. Saiu sob elogios da presidente e foi substituído por um correligionário.
O escândalo mais recente envolve o ainda ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi e o PDT. Tal qual no episódio dos comunistas, o golpe consistia em desviar dinheiro público para ONG’s de fachada. Em ambas as situações, milhões e milhões de reais deixaram de servir ao povo para cair nos bolsos de espertalhões e de máquinas partidárias.
Afrontando a autoridade, já um tanto arranhada, da presidente da República, Lupi, primário como ele só, achou que se defenderia simplesmente fazendo alarido. Pronunciou tolices aos borbotões e culminou uma frase infeliz: “só saio do Ministério à bala”.
Juro que pensei que coubesse à presidente nomear e demitir seus auxiliares. Agora estou confuso. Parece que Lula nomeia e Lupi diz se aceita sair ou não.
Claro que esse personagem não se aguentará no cargo. Esperneará, chantageará, mas sairá, infelizmente para ser substituído por alguém do seu PDT. E nada se apurará de fato na República do “rabo preso”.
É irônico um deputado que investiu contra o crime organizado ter sido obrigado a buscar segurança no exterior. E um ministro flagranteado na propinagem das ONG’s desafiar a imprensa, desautorar a presidente e dormir com a mais absoluta confiança em sua própria impunidade.
É o fim do mundo!
(*) ARTHUR VIRGÍLIO é Diplomata, foi líder do PSDB no Senado e escreve para HiperNoticias.
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