Faz um mês e meio que os novos governantes assumiram seu mandato e o governo federal já vive clima de fim de governo. Apesar de ainda termos um mandato inteiro para frente, a pergunta que fica é: como será?
Não é muito lembrar que tivemos uma campanha com base na desconstrução dos adversários, modelo este que deixa muitas mágoas pelo caminho e acirra as desavenças com os adversários, levando os embates quase sempre para o lado pessoal. Poderíamos dizer que a parte centro e sul do Brasil se tornou terreno inóspito para a atual presidente,
Outro fator da campanha foi o conjunto de mentiras destiladas tanto na propaganda eleitoral “gratuita” quanto nos debates; aumento de inflação, Petrobrás, modelo de economia... Tudo posto hoje ao contrário do que se discutia, ou seja, a campanha foi de “mentirinha”. Hoje paga-se o preço.
O resultado de tantos contrassensos estourou nas eleições das mesas diretoras das casas legislativas pelo Brasil e no Congresso Nacional. O governo federal não tem mais maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, onde sempre reinou absoluto, hoje já não faz mais os dois terços tão necessários ao patrolamento na hora de aprovar mensagens de interesse próprio.
Mas agora é carnaval. Como estará a cabeça destes agentes que se armaram mais para uma guerra que para um mandato? Pois bem, este deve ser o carnaval com sabor de descanso para voltarem mais afiados e ávidos para novas batalhas. O governo federal está ficando, a cada dia que passa, mais isolado.
Está claro que mais de cinquenta milhões de brasileiros trata hoje o ex-presidente Lula, o PT e a atual presidente Dilma Rousseff como os elementos a serem demonizados e expurgados da política brasileira. Mas o que significa isso? É que justamente estes elementos incorporam a face da corrupção, apesar das políticas de blindagem jurídica e midiática. Se tornou uma represa que acaba de estourar. Quem será capaz de deter esta avalanche agora?
Nem a falta de água do sudeste, mais precisamente de São Paulo e Minas Gerais, produto da incompetência dos governos do PSDB, desafeto escolhido pelos governistas desde o início para fazer o contraponto de sua política, parece abalar o patrulhamento que por ora sofre de boa fatia do povo brasileiro.
Por esta e por tantas outra que velhas e conhecidas marchinhas de carnaval devem tocar com mais afinco. Vamos ouvir muito: “você pensa que cachaça é agua cachaça não é agua não, cachaça vem do alambique e água vem do ribeirão”. Ai fica a pergunta: a homenagem é para o PSDB de Geraldo Alckmin ou para o ex-presidente Lula? A escolha é sua. Afinal, só você sabe em qual baile estará dançando quando o carnaval acabar.
*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias
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