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Artigos Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024, 13:57 - A | A

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Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024, 13h:57 - A | A

LICIO MALHEIROS

A queda de uma oligarquia

LICIO ANTONIO MALHEIROS

Findada a eleição 2024 em Várzea Grande; entre mortos e feridos, sobreviveram todos, porém algo inconteste ficou registrado e sacramentado, as pesquisas eleitorais feitas pela maioria dos institutos erraram profundamente.

Atravessando a ponte velha Júlio Müller; adentrando ao município de Várzea Grande, cidade limítrofe com Cuiabá, vivendo intensamente o processo de conurbação.

Em Várzea Grande, o acirramento político partidário remonta os idos dos anos 30, quando duas famílias se despontavam na política.

A família Campos, tendo como expoente norteador da mesma, o empresário Júlio Domingos de Campos, conhecido carinhosamente como seu “Fiote”, considerado homem “suigêneres”, para a época em se tratando de vida pública.

A família Campos, conseguiu a façanha, de eleger dois filhos a prefeito do município; os mesmos também se elegeram governadores do Estado de Mato Grosso, respectivamente, Júlio Campos e Jaime Campos.

Por sua vez, a família Baracat, tendo como precursora da mesma, a professora Sarita Baracat de Arruda.

Em 1957 recebeu um convite para se candidatar à Câmara Municipal de vereadores de Várzea Grande, para o espanto de todos ela foi a vereadora mais votada naquela eleição.

Seus feitos, não pararam por aí, em 1996 Sarita Baracat conseguiu um feito inédito em sua carreira vitoriosa, simultaneamente, quebrou um tabu de séculos, se tornando a primeira mulher a chefiar o Poder Executivo de um município na história de Mato Grosso.

Esta, foi apenas uma síntese das famílias que se tornaram poderosas em Várzea Grande, sempre se alternando no poder, embora no passado fossem duas famílias rivais ao extremo. Mesmo assim, conseguiram conquistar um verdadeiro império.

Chegando ao século XXI, mais precisamente às eleições 2024 em Várzea Grande, tanto na majoritária como na proporcional, o município desta feita não apresentou acirramento exacerbado, em função das pesquisas eleitorais.

Em uma das pesquisas eleitorais mais confiáveis, a eleição de Kalil Baracat (MDB) era inconteste, os números flutuavam da seguinte forma, segundo esse instituto em agosto Kalil Baracat (MDB), alcançava 56,2%, em outra pesquisa realizada pelo mesmo instituto, 18 dias para a eleição, a estimativa era de 57,96%, até esse momento, os erros percentuais apresentados eram estratosféricos.

Esses percentuais, de certa forma levaram os coordenadores e apoiadores da campanha Kalil Baracat (MDB) a acreditar piamente na vitória.

Conforme apontavam às pesquisas, até mesmo, os caciques Jaime Campos e Júlio Campos, resolveram atravessar a ponte Júlio Müller, em direção à Cuiabá, para ajudar Eduardo Botelho (UB), pois em várzea Grande, a vitória, são favas contadas.
Só que eles, esqueceram que a falta d’ água, reivindicação histórica da população não foi atendida na plenitude e o povo continuava sem água.

Pessoas humildes da periferia abriam as suas torneiras, e não havia uma gota se quer d’água para fazer nada.

Para completar, entrou em curso, a Operação Gota D’ Água, que desbaratou uma organização criminosa que funcionava no ‘seio’ do DAEVG, quando foram cumpridos na operação 123 mandados judiciais.

De acordo com a polícia, o grupo era formado por 20 integrantes e tinham como líderes o vereador Pablo Pereira (UB) e o diretor comercial do DAE, Alessandro Macaúbas, e cada integrante do grupo tinha uma tarefa definida de atuação.

De forma sábia, o grupo de campanha da candidata Flávia Moretti (PL) e de seu vice o empresário Tião da Zaeli, souberam explorar esse fato em questão, assim como a questão do transporte público e seu monopólio; eles, acreditavam piamente na virada do jogo, pois as suas pesquisas internas mostravam outra realidade.

Resumo da ópera, o partido (PL) mesmo elegendo apenas 3 vereadores, mostrou a força inconteste do Capitão (Jair Messias Bolsonaro), que a ajudou extremamente na vitória acachapante; tendo como premissa básica, as diferentes vitórias do (PL) nas maiores capitais do país, com chances enormes de vencer na Capital Cuiabá.

A partir de 2025, Várzea Grande estará sob o comando de sua terceira prefeita. Após a pioneira, professora Sarita Baracat (MDB), e, mais recentemente, Lucimar Sacre de Campos (União Brasil).

Agora, quem irá assumir a gestão da cidade de Várzea Grande é a advogada Flávia Moretti (PL); esperamos, que ela faça uma administração voltada às populações mais humildes, os expropriados do capital.

(*) LICIO ANTONIO MALHEIROS é professor e geógrafo.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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