Candidato a prefeito do grupo político liderado pelo governador Pedro Taques (PSDB), o deputado Wilson Santos, do mesmo partido, enfrenta este ano a sua 13ª disputa eleitoral, aos 55 anos, completados nesta sexta-feira (26).
De fato, Wilson não pretendia, pelo menos em 2016, enfrentar as urnas novamente. O seu projeto político, até então, visava à reeleição daqui a dois anos. Porém, uma reviravolta no grupo da situação o motivou a encabeçar a chapa, sem planejamento e sem uma aliança coesa.
Longe do velho estilo político, quando era conhecido por Galinho, Wilson costuma repetir que está mais experiente e, com isso, prega vantagem no currículo, com mandatos de prefeito, deputado estadual – situação e oposição – deputado federal e secretário de Estado e de Cuiabá. Estes dois últimos na gestão do ex-governador Dante de Oliveira, já falecido.
Até esta semana, Wilson ocupava a função de líder do governo Pedro Taques na Assembleia Legislativa, cargo que até o momento – a grosso modo – gerou mais desgastes do que dividendos políticos. Contudo, a relação aproximou ainda mais os tucanos. Aliás, o governador foi o primeiro a defender a candidatura do parlamentar, após o recuo do prefeito Mauro Mendes (PSB) em tentar um novo mandato.
O aceite de Wilson para encarar uma nova disputa em detrimento de outros nomes do grupo que preferiram não entrar em uma campanha sem planejamento foi avaliado positivamente pelo Palácio Paiaguás.
Nesta entrevista ao HiperNotícias, Wilson conta o que pode inovar num terceiro eventual mandato, entre outras propostas, para reconquistar o eleitorado cuiabano.
Nome: Wilson Pereira dos Santos, Wilson Santos
Idade: 55 anos completados neste dia 26/08
Natural de Dracena (SP)
Formação: Professor e Bacharel em Direito
Estado Civil: casado com Adriana Bussiki, pais de três filhos e cinco netos.
Filiações partidárias: PDT, PMDB, PSDB
HiperNotícias - Cuiabá 300 anos, qual o seu principal desafio?
Wilson Santos - Estamos em cima da hora. Da posse aos 300 anos, serão apenas 15 meses e oito dias, então, seria uma leviandade afirmar que faríamos mudanças estruturais profundas, mas é possível ter um cenário positivo, uma parceria consolidada com os governos do Pedro Taques e do presidente Michele Temer e algumas obras pontuais que já temos definidas, provavelmente, estarão prontas, como a conclusão do hospital e pronto-socorro da Capital e a primeira etapa do parque municipal Dante de Oliveira, como também o avanço de uma importante avenida que estaremos lançando em breve, espero que as UPAS do Leblon e do Cidade Alta/Verdão já estejam prontas e uma cidade debatendo profundamente o seu futuro.
Hiper – E esta importante via, o senhor pode detalhar?
Wilson – Vou anunciar mais na frente, quando começar o horário eleitoral de TV e rádio. Nós que fizemos a Avenida das Torres, que iniciamos o Rodoanel, nós vamos apresentar um projeto de rodovia com um conceito diferente, além de uma avenida, tem outro conceito.
Hiper – Levando em conta apenas o orçamento do município, o que pode ser feito para aumentar o número de vagas nas creches em Cuiabá?
Wilson – Como a prefeitura vem aumentando meio por cento da sua receita corrente líquida, é possível aumentar as construções dos novos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), que hoje são em 40, que começou comigo lá atrás. Eu que assinei o convênio com o ex-presidente Lula, em 2009. Nós vamos dar continuidade às construções dos Cmeis até porque em 2023 nós temos que atender 50% da demanda, então, é possível. A prefeitura atende hoje em torno de 38%, temos uma defasagem de 12%, e temos até 2023 para atender uma imposição nacional e, nos próximos quatro anos, espero antecipar este cumprimento, atingir os 50% já no final de 2020.
Hiper – O que pode ser feito efetivamente para sanar o caos no Pronto-Socorro de Cuiabá?
Wilson – Políticas emergenciais, mas o foco é acelerar a conclusão do novo Pronto-Socorro municipal. Neste período, talvez, nós possamos fazer algum convênio com algum hospital privado filantrópico para estender esta urgência, mas, principalmente, concluir com velocidade as Upas do Leblon e da Cidade Alta/Verdão.
Hiper – Numa eventual segunda gestão do senhor, qual o destino que será dado a CAB Cuiabá, pelo menos no que se refere à defesa política e administrativa?
Wilson – A CAB pisou na bola com Cuiabá. A CAB descumpriu vários itens no contrato com a cidade, não há dúvidas com relação a isso, a fase da CAB está encerrada em Cuiabá. Agora há outra problemática: Cuiabá não tem dinheiro suficiente. Nós temos que sermos realista e honesto para bancar um grande programa e arrojado para a cidade. Então, eu admito a possibilidade de uma nova licitação nacional para a concessão e trazer um parceiro idôneo e que tenha capital, verdadeiramente, para avançar neste sentido.
Hiper – O senhor defende a continuidade da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o que o senhor pretende fazer, se eleito?
Wilson – Defendo e já tenho trabalhado neste sentido. Já conversei com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, do meu partido, e com o governador. Já estive com eles discutindo este tema e em sintonia fina, prefeitura de Cuiabá, governo do Estado e Ministério das Cidades no governo Michel Temer, vai ter uma solução para a conclusão do VLT, defendo a conclusão do VLT e nenhum candidato possui esta sintonia fina como nós possuímos e esta questão do VLT já vem sendo conversada, por mim, pelo governador Taques com o presidente Michel e com o ministro.
Hiper – Sintonia fina é a mesma coisa de alinhamento ou são parecidas?
Wilson – São a mesma coisa.
Hiper – Com relação às obras que eram para ser legado da Copa, esta sua sintonia fina com o governo pode resolver alguma coisa porque Mauro (atual prefeito) também tem "sintonia fina" e as obras estão sem continuidade depois de um ano e sete meses da gestão Taques, Como o senhor vai fazer isso?
Wilson – Sou líder do governo Taques na Assembleia, fiz todos os enfrentamentos necessários, sofri todos os desgastes e acredito que eu tenho crédito com o governador Taques e eu vou usar todo este crédito em favor de Cuiabá. Quero que ele devolva a minha lealdade, minha firmeza, os serviços que eu prestei ao seu governo em favor da terra dele, da minha terra, que é Cuiabá. Várias obras da Copa já foram entregues, outras serão entregues até o final do ano, e, eu penso, que até o final de 2017 nós temos condições, exceto o VLT, de concluir todas as obras da Copa e ter retomado também as obras do VLT. Então, esta minha relação com o Pedro, muito positiva, quero trazer todo o crédito com o governador e a sua equipe para beneficiar Cuiabá.
Hiper – Quantas disputas eleitorais o senhor já participou e com base nestas experiências, acredita em segundo turno?
Wilson – Eu tenho certeza que haverá segundo turno. Não há nenhum candidato disparadamente favorito. Há um ligeiro favoritismo para o procurador Mauro, isso é nítido. Esta é a décima terceira eleição. De doze já disputadas, foram dez vitórias. As derrotas foram em 2000 para prefeitura e 2010 para o governo.
Hiper – o senhor acredita que estará num segundo turno com o procurador Mauro ou vai ficar numa disputa entre a Assembleia Legislativa?
Wilson – Eleição a gente só sabe quando começa, eu já vi candidato com 68% de intenções de voto em pesquisa, perder a eleição para quem nem estava em Cuiabá. Já vi candidato com 62% de rejeição em Várzea Grande ganhar a eleição, já vi candidato começar com 2% e ganhar no primeiro turno, já vi candidato com 42% se aliar com outro com 22% e perder para outro que tinha 13% de intenções de votos, então, eleição a gente só sabe quando termina. Só Deus sabe e a população vai analisar, eu não considero nenhum candidato carta fora do baralho, qualquer um dos seis pode chegar no segundo turno. O que vai decidir mesmo são os debates, são as propostas para Cuiabá, a capacidade de resolutividade, experiência, serviços prestados, enfim, eu tenho certeza que haverá segundo turno em Cuiabá.
Hiper – O senhor vai se licenciar da Assembleia?
Wilson – A partir do dia 2 de setembro, sim.
Hiper – Qual seria a sua primeira medida hoje, caso voltasse a assumir a prefeitura de Cuiabá, já que conhece a máquina?.
Wilson – Primeira medida será dar continuidade a todas as obras do prefeito Mauro Mendes, continuar a obra do Pronto-Socorro, para mim, a obra mais estruturante da gestão do Mauro. É uma obra fundamental para Cuiabá.
Hiper – O programa Cuiabá Vest (cursinho pré-vetibular para alunos carentes) será retomado?
Wilson – Estará funcionando até o final de março de 2017 com recurso da iniciativa privada. Não vou colocar dinheiro público no Cuiabá Vest, não vou fazer mais isso, mas vai continuar. Vou buscar patrocinadores.
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João Vinicius de Oliveira 28/08/2016
Gostaria de saber como o governo vai ajudar, porque as informações do próprio governo é de que não existe dinheiro para nada. Até os salários do servidor público correm o risco de atrasar.
aquilesm 27/08/2016
Eu jamais votaria no Senhor. E vou mais longe... O governador afunda sua campanha. Queremos um prefeito que se de o respeito, e que não chame sindicalista de Vagabundo, o qual vimos na Assembleia. Super indignados ficaram todos os servidores públicos com sua ação nobre Deputado. Realmente, só peço a população avaliar tudo que esta fazendo e enganando, e vou mais longe, no município os servidores, não votam no senhor. Se tiver voto no município será de pessoas sem concurso publico com medo de serem mandado embora, e são cabos eleitorais de partido seja do PSB ou PSDB. Fora isso, todos não querem o senhor para prefeito.
JUCA 26/08/2016
KKKKKKKKKKKKKKK, VAI? COMO? VAI LEVAR UMA LAVADA DE EMANUEL PINHEIRO. DANÇA DO DESEMPREGADO
3 comentários