Vice-presidente do diretório estadual do MDB, a deputada estadual Janaína Riva avalia que é inviável o partido oficializar a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência da República.
Na avaliação da parlamentar, é mais vantajoso ao MDB oficializar apoio à reeleição do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) ou aderir à candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva.
“O cenário é de uma polarização radical. Dentro do MDB, a maioria já se posiconou com Lula ou com Bolsonaro", disse.
De acordo com as últimas pesquisas eleitorais, Simone Tebet tem registrado, no máximo, 2% de preferência de voto do eleitorado.
A convenção nacional do MDB está marcada para o dia 27, a partir das 11h, em Brasília. Em Mato Grosso, ocorre nesta quarta-feira, às 15h, no Hotel Delmond.
Uma ala do partido liderada pelo senador Renan Calheiros (AL) defende o apoio à candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Revoltados, prometem até judicializar a homologação da candidatura própria do MDB à Presidência da República. Por outro lado, um levantamento produzido pelo jornal Estado de S. Paulo, divulgado em março, verificou que até 70% dos delegados que compõem o diretório nacional do MDB estariam dispostos a apoiar a reeleição de Bolsonaro.
Janaína Riva ainda avalia que a melhor alternativa para o MDB seria destinar o dinheiro do fundo partidário da campanha presidencial para o fortalecimento das chapas proporcionais.
“Uma candidatura a presidente consome uma parcela considerável do fundo partidário, vai levar R$ 30 milhões a R$ 40 milhões. Então, ela teria que ter condições de eleição. Não tendo condições, a nossa ideia é que possa escolher entre Lula ou Bolsonaro e esse recurso que poderia ser utilizado para uma candidatura de presidente da República vai para as proporcionais”, completou.
Pela legislação eleitoral, cada partido poderá lançar em Mato Grosso 25 candidatos a deputado estadual e nove candidatos a deputado federal. Destes, 30% deverão ser mulheres.
No entanto, Janaina Riva disse que os partidos estão com dificuldades de convencer mulheres a entrar na disputa eleitoral.
“As mulheres do partido, em especial, estão preocupadas, porque já começaram a dizer: ‘não vai ter recurso para todo mundo’. Nós temos uma candidata a presidente inviabilizada, que vai consumir fundo partidário. E as mulheres que estão na ponta vão ficar sem recurso? A discussão na questão da nacional é essa”, pontuou.
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