A doutora em Sociologia e cientista política, Christiany Fonseca, disse ao HNT TV Entrevista que chegou a pensar que a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), não terminaria o mandato quando se desentendeu com o vice-prefeito Tião da Zaeli (PL). Para Christiany, a rusga enfraqueceu a imagem de Flávia que já estava fragilizada na Câmara. A tensão contribuiu para que projetos de lei de interesse da prefeita fossem rejeitados pelos vereadores, a pressionando a reatar com Zaeli.
O racha no gabinete de Flávia foi motivado pela inflexibilidade da prefeita em aceitar as indicações de Zaeli para o secretariado. A reaproximação foi mediada pelo presidente estadual do PL, Ananias Filho. Flávia entende que precisa abrir espaço, permitindo que o vice agregue à gestão nomes que carregam a "política tradicional", diz Christiany
"Quando ela e o Zaeli terminam aquela rusga, que acho que a enfraqueceu muito politicamente. Eu cheguei, inclusive, a pensar que a Flávia talvez não terminaria o mandato, muito fragilizada. Mas ela sinaliza para o Zaelli que passa a ter seus nomes também na administração, passa a ter uma voz mais ativa na administração, traz um pouco da política tradicional para dentro da gestão da Flávia", explicou Christiany Fonseca ao podcast.
Atualmente, o vice monitora de perto as atividades do Departamento de Águas e Esgoto (DAE), ficando com a incumbência de reverter a crise hídrica no município. Esse diálogo mais caloroso entre Flávia e o vice é positivo para a prefeita, observa a cientista, que conseguiu acelerar entregas à gestão.
"Quando o Zaeli vem para esse processo, eles se tornam representantes da política tradicional na gestão da Flávia, e aí a gente começa a perceber sinais de alguma evolução nesse mandato, com algumas entregas, pelo menos assim, a sociedade sentindo que algumas coisas talvez estejam acontecendo, ao mesmo tempo que ela passa a ter uma relação menos conflituosa com a Câmara", concluiu Christiany Fonseca.
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