O deputado estadual Eduardo Botelho (UB) contou em entrevista nesta semana, o teor de sua conversa com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), no qual defendeu a unidade como melhor caminho para o grupo mantenha o comando do Estado.
A análise de Botelho surge no momento em que o PL Nacional confirmou o senador Wellington Fagundes como seu candidato, frustrando qualquer movimento de Pivetta em absorver a estrutura do partido ou se beneficiar de uma eventual "fritura" de Fagundes.
Ele destacou o UB como o "carro-chefe" das articulações em Mato Grosso, fazendo referência a musculatura da sigla, e com isso, desaconselhou o vice de buscar apoio fora de seu campo ideológico.
A principal mensagem de Botelho a Pivetta foi direta: "Cuida do seu grupo. Esquece de ficar procurando um grupo que não é seu.", em referência direta à tentativa do vice-governador de ser emplacado como nome da direita no Estado.
Botelho disse ter sido enfático ao alertar Pivetta sobre a incompatibilidade ideológica. "Você não é do extrema-direita. Esse grupo do Wellington, dessa turma aí, é extrema-direita. Você não é disso, então nem tenta agradar esse grupo."
A alternativa defendida por Botelho para Pivetta e para o futuro da atual base governista é clara, a união no União Brasil, o que incluiria o escanteado senador Jayme Campos. O decano já declarou a pretensão de ser o pré-candidato ao governo da sigla, mas enfrenta rejeição do grupo de Mendes, que já tinha sinalizado apoio a Pivetta.
Botelho advoga pela coesão do grupo que está no poder para evitar pulverização de candidaturas. "Eu entendo que nós temos que tentar trabalhar um candidato só desse grupo e ficar junto desse grupo, em vez dele ficar mandando lembranças para quem não conhece.", ironizou.
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