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Justiça Quinta-feira, 08 de Agosto de 2024, 10:26 - A | A

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Quinta-feira, 08 de Agosto de 2024, 10h:26 - A | A

RECEBIDO COM SURPRESA

Viúva de Zampieri contesta pedido do MP e diz que quer "proteger intimidade" da família

MP solicitou o afastamento de Adriana Zampieri da posição de assistente de acusação

ANDRÉ ALVES
Redação

A viúva do advogado Roberto Zampieri, Adriana Ribeiro Garcia Bernardes Zampieri, apresentou a manifestação contestando pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para destituí-la do posto de assistente de acusação no processo que apura o assassinato do marido. O MP aponta conflito de interesses entre Adriana e a linha acusatória adotada pelo Parquet devido ao pedido de destruição do celular do advogado. Segundo a viúva, porém, a postura tem como objetivo 'proteger a intimidade da família'.

Adriana, representada pelo advogado Giovane Santin, expressou surpresa com a petição do Ministério Público, afirmando que todos os envolvidos no processo, incluindo ela mesma, estão focados em alcançar rapidamente a fase das alegações finais, essenciais para a conclusão da sentença.

LEIA MAIS: Promotores citam pedidos de destruição de provas e tentam destituir viúva de Zampieri da assistência de acusação

“A referida petição causa surpresa porque esta assistente de acusação, assim como os demais atores processuais, certamente almeja a apresentação de alegações finais para que os autos possam ser conclusos para a prolação de sentença, com a maior brevidade possível”, explicou Adriana em sua manifestação.

O ponto central do conflito entre o Ministério Público e Adriana Zampieri gira em torno da preservação dos dados extraídos do celular de Roberto Zampieri. A assistente de acusação solicitou que a análise do conteúdo fosse limitada ao que fosse estritamente necessário para a apuração do homicídio, segundo ela, a fim de proteger a intimidade da família.

Adriana destacou que em nenhum momento questionou a linha de acusação ou as provas produzidas pelo Ministério Público. A divergência, segundo ela, está restrita ao excesso de informações que não seriam pertinentes à investigação do crime de homicídio.

“A assistente de acusação, como esposa, como mãe dos filhos do falecido, buscou e continuará a buscar a preservação da privacidade da sua família nesse momento de luto, de modo que, utilizando-se dos meios processuais disponíveis, lutará para que os dados que não digam respeito à apuração do delito de homicídio sejam preservados”, completou.

O advogado Giovane Santin conclui o pedido solicitando a remessa imediata dos autos ao Ministério Público para a apresentação de alegações finais, além da rejeição do pedido de destituição da assistente de acusação.

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