Em dezembro, o Tribunal do Júri fará sete julgamentos, incluindo o de um serial killer, que usou o sangue da própria vítima para desenhar crucifixos nas paredes. Outros crimes referem-se a tentativa de feminicídio, homicídio motivado por ciúmes e a um homem que matou uma travesti a pauladas."
Adriano Ferreira dos Santos, acusado de homicídio qualificado pela morte de Joelson Rodrigues Pereira, crime ocorrido em 25 de julho de 2019, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, será julgado no dia 6 de dezembro. Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Adriano agiu por ciúmes e desavenças envolvendo um relacionamento anterior entre ele e uma mulher que, na época, mantinha um vínculo amoroso com a vítima.
Já no dia 9, Juberlandio Diniz Alvarenga, também conhecido como “Maycon”, será julgado pelo assassinato de Roger André Soares da Silva, em abril de 2022. O réu usou o sangue da vítima para desenhar crucifixos perto do corpo, porque Roger era homossexual. De acordo com a denúncia do MPMT, ele já havia cometido um crime semelhante em Itaporanga, na Paraíba. Roger foi encontrado caído no chão em uma grande poça de sangue, com lesões no rosto, pescoço, tórax e na mão, ocasionadas por cerca de 30 facadas.
Já no dia 10, a mulher trans Carol de Oliveira será julgada pelo assassinato de Ederson Rosa de Carvalho Pinho. O crime ocorreu em setembro de 2023 na rua Comandante Costa, no centro da capital. De acordo com a denúncia, a vítima estava queimando fios de cobre em um terreno baldio quando a denunciada se aproximou e ordenou que ele parasse, pois o proprietário do local não gostava da presença de moradores de rua. Em razão dessa discussão, Carol, armada com um facão, golpeou Ederson no tórax. Quando ele tentou fugir, caiu ao chão devido ao ferimento, e Carol, aproveitando-se de sua debilidade, desferiu mais duas facadas nas costas da vítima e ainda chutou sua cabeça duas vezes, causando sua morte.
Além disso, ainda em dezembro, será julgado Ivaldo Leite de Araújo, que cometeu uma série de crimes em uma boate em junho de 2022, resultando no assassinato da mulher trans Camila, que morreu com golpes de pedaço de madeira. Inicialmente, ele arrombou um dos quartos do estabelecimento e desferiu diversos golpes de madeira contra Fernando Silva do Amaral, funcionário que dormia após o expediente. As agressões resultaram em lesões graves no braço direito, causando debilidade permanente. Em seguida, Ivaldo invadiu outro quarto, onde encontrou Camila, que também estaria dormindo. Com a intenção de roubar, ele agrediu a vítima com golpes fatais de madeira, provocando traumatismo cranioencefálico e facial, o que levou à sua morte. Após isso, subtraiu um celular pertencente à vítima.
Ivaldo ainda invadiu um terceiro quarto, onde estavam Janaina Bueno Martins e Yasmin Vitória Carvalho Nascimento. Sob ameaça e utilizando o mesmo pedaço de madeira, ele exigiu a entrega de bens. Janaina entregou um celular, e, posteriormente, Ivaldo retornou ao quarto para roubar também uma bolsa e uma quantia em dinheiro.
O último julgamento deste ano será de uma tentativa de feminicídio no dia 12 de dezembro. De acordo com os autos, em fevereiro de 2024, após o término do relacionamento, Geovane iniciou uma perseguição constante à vítima, frequentando sua residência e manipulando-a emocionalmente, alegando que poderia tirar sua própria vida caso ela não aceitasse reatar o namoro.
Depois disso, ela o bloqueou das redes sociais, e a tentativa de reatar o relacionamento se intensificou quando Geovane invadiu sua casa e desferiu golpes de faca contra a vítima. As facadas atingiram um braço e o peito, chegando a perfurar um dos pulmões. A vítima só sobreviveu devido à intervenção de sua mãe e irmã, que a socorreram e a encaminharam ao hospital.
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