O trabalho da equipe da Gerência de Perícias em Vestígios de Impressões de Pele da Politec foi fundamental para desvendar parte do esquema criminoso investigado na Operação Antenados, que resultou na condenação de sete pessoas por fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS.
Durante a análise do material apreendido pela Polícia Civil, que incluía fotos tiradas pelos golpistas durante as visitas às casas das vítimas, foi identificado um detalhe crucial em uma das imagens: as minúcias presentes nas impressões digitais captadas apresentavam qualidade suficiente para a realização do exame de confronto.
A partir dessa observação, foram aplicadas técnicas de tratamento e ampliação da imagem, melhorando ainda mais a visualização das características individuais da impressão. Com o fragmento isolado, foi realizado o confronto com os registros do banco de prontuários da Politec, o que permitiu identificar um dos criminosos.
Com isso, a Polícia obteve a prova de que o investigado esteve nas residências das vítimas e manuseou os documentos usados para abrir contas e contratar empréstimos consignados fraudulentos em nome dos idosos.
A prova pericial foi decisiva para comprovar o envolvimento direto do suspeito, ajudando a Polícia Civil a fechar o cerco contra o núcleo de execução da quadrilha.
“O trabalho dos peritos oficiais da Politec demonstra, mais uma vez, o quanto a ciência forense é indispensável para a efetividade da Justiça. A identificação de um criminoso a partir de impressões digitais extraídas de uma fotografia é um exemplo de técnica e dedicação. Esse resultado comprova que investir na perícia é investir na segurança da população, especialmente na proteção dos mais vulneráveis, como os idosos vítimas desse tipo de golpe”, destacou o presidente do Sindiperitos/MT, Márcio Godoy.
A Operação Antenados, deflagrada em agosto de 2024, desarticulou um grupo que se passava por representantes de um programa de distribuição de antenas de TV para captar dados de aposentados e aplicar golpes bancários. O esquema movimentou cerca de R$ 750 mil em poucos meses e é considerado uma das maiores fraudes eletrônicas contra idosos já apuradas em Mato Grosso.
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