O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve o bloqueio dos imóveis de Geiziane Rodrigues Antelo, ex-esposa de Pedro Nadaf, nesta sexta (12). Os imóveis, localizados no Condomínio Helbor Park Elegance, foram sequestrados como parte de um acordo de colaboração premiada envolvendo o ex-secretário de Estado, que foi condenado por crimes como lavagem de dinheiro e extorsão durante a gestão de Silval Barbosa.
Geiziane alegou que adquiriu os imóveis com recursos próprios após a dissolução da união estável com Nadaf. No entanto, o Ministério Público de Mato Grosso argumentou que os imóveis poderiam ter sido comprados pelo ex-secretário para ocultar sua verdadeira origem e propriedade.
Sua defesa apresentou documentos fiscais, incluindo declarações de imposto de renda, para comprovar sua capacidade financeira para adquirir os imóveis.
“Conforme imposto de renda acostada aos autos, a Embargante tinha plena condições de adquirir os imóveis em testilha, tanto assim é que os bens se encontram devidamente declarados à Receita Federal”, declarou a defesa de Rodrigues no embargo.
No entanto, o juiz Portela destacou a ausência de provas que demonstrem a boa-fé na aquisição dos imóveis.
"A embargante não apresentou documentos que comprovem, em sua totalidade, que os bens foram adquiridos de boa-fé ou transferidos a título oneroso, limitando-se a juntar o registro do imóvel e o documento de arrecadação municipal", afirmou o juiz.
Consequentemente, o juiz julgou improcedentes os pedidos de Geiziane Rodrigues Antelo e a condenou ao pagamento das custas e despesas processuais. A decisão também ordena que uma cópia do processo seja incluída na ação penal originária nº 0023386-28.2015.8.11.0042. Após o trânsito em julgado, os autos deverão ser arquivados.
OPERAÇÕES SEVEN E SODOMA
Pedro Nadaf, ex-secretário de Estado de Mato Grosso, foi condenado por crimes como extorsão e lavagem de dinheiro, vinculados às operações Sodoma e Seven, que investigaram esquemas de corrupção no governo do estado. Nadaf estava envolvido em um esquema liderado pelo ex-governador Silval Barbosa, que concedia benefícios fiscais ilegais em troca de propinas pagas por empresas.
Em 2017, Nadaf firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, comprometendo-se a devolver R$ 17,5 milhões, incluindo imóveis, em troca da redução de 2/3 de suas penas.
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