A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, plantonista na Comarca de Cuiabá, autorizou a transferência de Maria Angélica Caixeta, acusada de ser mandante do homicídio do advogado Roberto Zampieri, para Cuiabá. A empresária passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (21) e segue presa aguardando os trâmites burocráticos para o recambiamento. Inicialmente, a Justiça mineira se declarou incompetente para decidir acerca do pedido de transferência para Cuiabá e determinou a expedição ao Judiciário mato-grossense. A defesa de Maria Gontijo argumentou que ela deveria permanecer em Minas Gerais em razão das ameaças que vem sofrendo, mas a magistrada de Cuiabá entendeu de forma contrária.
"O crime pelo qual ela está sendo acusada de ser a autora intelectual é gravíssimo e ocorreu nesta cidade e comarca de Cuiabá. Por conseguinte, o inquérito policial e a possível ação penal irão tramitar nesta capital. Logo, a presença da custodiada se faz necessária para a realização dos atos processuais, principalmente para a colheita das provas e êxito das investigações", iniciou Mônica Catarina Perri Siqueira.
"Neste momento não há nenhuma comprovação de que a custodiada possui vínculos familiares em Minas Gerais e, principalmente, acerca das ameaças que alega estar sofrendo. De qualquer modo, o Sistema Prisional Mato grossense se incumbirá de lhe oferecer a segurança necessária, mantendo-a recolhida em local adequado", completou.
Além dela, atirador que confessou sua participação no crime, Antônio Gomes da Silva, também aguarda a resolução da 'papelada' para ser transferido à Capital mato-grossense.
Ambos foram presos na quarta-feira durante ação da Polícia Civil de Minas Gerais em apoio à Delegacia de Homicídios de Cuiabá. Antônio foi encontrado dentro de casa na cidade de Santa Luzia (MG). Já Maria Angélica foi pega num posto de combustível na cidade de Patos de Minas (MG) enquanto aguardava o marido voltar da delegacia. Wigney da Cruz foi até a unidade policial para obter informações do porque a polícia procurava Maria Angélica.
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A execução teria sido ordenada em função da disputa por uma fazenda em Ribeirão Cascalheira (772 km de Cuiabá). Zampieri chegou a atuar em favor de Maria Angélica em ações sobre a posse da propriedade. Os honorários advocatícios seriam pagos por meio da dação de 50% do imóvel. Contudo, a empresária rompeu o contrato alegando insatisfação com os serviços prestados.
Depois, Zampieri passou a atuar no outro extremo, defendendo um produtor rural que também clamava a posse sobre a fazenda. Maria Angélica passou a se sentir 'traída' pelo advogado. As intimidações, de acordo com queixa-crime apresentada pelo produtor rural e Zampieri, vinham acontecendo desde 2022. Eles chegaram a avisar o Judiciário sobre a possibilidade de ocorrer uma tragédia já que Maria Angélia mobilizava grupos de pessoas armadas e tinha porte de arma para defesa pessoal.
No dia de sua prisão, inclusive, a empresária estava com uma arma calibe 9 mm, o mesmo utilizado no crime contra Zampieri. As armas de Maria Angélica e do marido dela, apesar de legalizadas, foram apreendidas para análises periciais em Mato Grosso.
TERCEIRO SUSPEITO
Uma terceira pessoa foi presa nesta sexta-feira (22) suspeita de envolvimento no assassinato. Hedilerson Fialho Martins Barbosa seria o responsável por intermediar o crime. Ele teria contratado Antônio Gomes da Silva por R$ 40 mil, dado suporte à ação criminosa e enviado a arma que foi utilizada no dia do crime. A tendência é que ele também seja transferido para a Capital de Mato Grosso.
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