O Copom anuncia na quarta-feira, 8, sua decisão sobre a taxa de juros, atualmente em 10,75% ao ano. Segundo o Projeções Broadcast, a desaceleração do ritmo de cortes da Selic para 0,25 p.p já nesta reunião de maio se consolidou como cenário majoritário entre os economistas ouvidos pela pesquisa. A aposta, que era minoritária há duas semanas, agora está no cenário-base de 25 de 45 casas consultadas (55%).
A CNI elenca os dados recentes sobre a inflação, que mostram desaceleração, e cita as expectativas positivas do Boletim Focus, que aponta para inflação de 3,72% no final de 2024, dentro do limite superior da meta de inflação para o ano, de 4,5%, e mais próximo do centro da meta, de 3%.
"Portanto, se os preços estão sob controle, manter o ritmo de queda da Selic evita penalizar ainda mais a atividade econômica no Brasil. A taxa de juros real em nível tão elevado provoca danos consideráveis à economia brasileira", afirma a entidade, lembrando que, mesmo com os cortes da taxa Selic realizados desde agosto de 2023, a taxa de juros real do Brasil está em 6,9% ao ano, ou seja, 2,4 pontos porcentuais acima da taxa de juros neutra. "A consequência do alto nível da taxa de juros real é a perda de dinamismo da economia brasileira."
Para a CNI, uma redução no ritmo de queda dos juros será "inadequada", pois, avalia, "há espaço para manutenção do corte de juros por parte do BC, o que contribuiria para melhorar a situação enfrentada pela atividade econômica brasileira".
"A redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores é ponto fundamental para a impedir uma desaceleração ainda maior do crescimento econômico", afirma.
(Com Agência Estado)
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