A chegada da primeira composição do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá está programada para a próxima quarta-feira (06). As três carretas que transportam o trem – dividido em três partes para o translado – saíram do Porto de Santos (onde atracou depois de terem partido do porto de Bilbao, na Espanha), no fim de outubro.
Por se tratar de um produto de alta tecnologia, dotado de modernos e complexos sistemas de telecomunicação e operação, o transporte demandou uma estratégia logística arrojada. A fabricação dos trens, bem como o processo de importação da Espanha (desde a fábrica de Bilbao) para o Brasil (ao Porto Seco de Cuiabá e depois ao pátio de operações do VLT) é feito pela CAF Brasil, uma das empresas que compõem o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, e responsável pelo fornecimento do material rodante (trens) e sinalização ferroviária.
Em decorrência do complexo procedimento – devido ao tipo de produto - a importação dos VLTs para Cuiabá exigiu a contratação de uma empresa especializada. Foi contratada a Mac Logistic, especializada em logística integrada e carga projeto com 28 anos de mercado. A empresa elaborou todo o plano logístico e também é responsável pela execução do mesmo.
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Vale lembrar que por se tratar de um produto com severas restrições de içamento e maior fragilidade das composições (feitas de ligas leves de alumínio), a empresa teve de elaborar um projeto que evita o içamento dos vagões. Para tanto, o VLT é movimentado de uma plataforma para outra via trilhos e sem a necessidade de içamento. Por isso, a empresa responsável pela logística adaptou trilhos nos mafis, na plataforma dos caminhões e desenvolveu duas peças exclusivas: a mesa de transbordo (mafi-caminhão) e a rampa de desembarque (com aproximadamente 45 metros de extensão).
As carretas têm cerca de 100 metros de comprimento e viajam apenas durante o dia, cuja velocidade média é de 40 km/h, com monitoramento via satélite 24 horas por dia, durante todo o trajeto, estimado em 1.800 quilômetros de Santos a Cuiabá.
Chegando na Capital mato-grossense, o processo aduaneiro do primeiro e dos demais VLTs será feito no Porto Seco de Cuiabá, para então ser levado para o pátio de operações, em Várzea Grande.
(Com informações da Assessoria)