Brasil, país democrático desde a Proclamação da República, em 1889, tendo como diretrizes básicas os três Poderes, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, este último, tendo como chefe o presidente da República, eleito a cada quatro anos pelo voto popular em eleições diretas, desde 1989.
Com advento das eleições 2024, em algumas capitais brasileiras ocorreu o segundo turno; é tradição em nosso país a realização dos debates políticos, pois através deles os candidatos conseguem defender suas causas, argumentar sobre suas ideias, apresentar propostas e mostrar soluções para o futuro das cidades.
Em Cuiabá, com o segundo turno; a TV Vila Real realizou com maestria e dinamismo o primeiro debate político, realizado na terça-feira (22.10), com as presenças dos candidatos Abílio Brunini (PL) e o candidato Lúdio Cabral (PT).
Tendo como mediador do debate, o âncora Antonio Carlos Silva, que conduziu o debate com maestria e lucidez; quando necessário foi cordial com os participantes, quando preciso impôs as regras e formato do mesmo.
A tônica do debate se deu em função da própria polarização das partes concorrentes, o Abílio Brunini (PL) enquanto o Lúdio Cabral (PT), a começar pelas próprias siglas partidárias é fácil mensura o viés político de cada um deles.
De início, o candidato Abílio Brunini (PL), cola Lúdio Cabral (PT), a Emanuel Pinheiro (MDB), ao presidente Lula e ao vice-prefeito José Roberto Stopa (PV).
Lúdio, na tentativa de se desvencilhar de seus apoiadores, fez questão de dizer por diversas vezes que irá governar, conforme os seus princípios.
Aí tem início uma sucessão de tentativas de colagem deste e daquele candidato, em personagens pouco ortodoxos da política local e nacional.
De forma incisiva, Abílio volta a apontar quem são os apoiadores do Lúdio, destacando que o petista está ligado a representantes da “velha política”, voltando a salientar o apoiamento de secretários ligados à administração Emanuel Pinheiro (MDB) e até mesmo, do vice-prefeito José Roberto Estopa (PV).
Outro ponto bastante explorado por Abílio, foi a questão emblemática da corrupção sistêmica ocorrida na Prefeitura Municipal de Cuiabá, com 23 operações e secretários afastados; e a não tomada de posição por parte do Lúdio Cabral (PT), com relação ao tema. Sempre se furtando, a não comentar essa situação preocupante.
O seu oponente, Lúdio Cabral (PT), responde em negativa ao apoiamento do Palácio Alencastro, dizendo que Stopa é presidente do Partido Verde (PV), em Mato Grosso, sigla que integra o grupo que sustenta sua candidatura, a Federação Brasil da Esperança (PV, PT e PC do B).
E assim seguiu o debate, sempre um, mostrando a falha do outro, isso tem sido exaustivamente debatido em debates anteriores.
Na minha modesta opinião, o ponto nevrálgico nas falas efusivas e emblemáticas.
Ficou por conta do candidato Lúdio Cabral (PT), quando fez uso da palavra fazendo alusão a sua formação acadêmica como médico e sua atuação nas diversas Unidades de Saúde da Capital.
Tentando impressionar os eleitores ele diz “ Eu tenho uma vida inteira dedicada a Saúde Pública aos cuidados das pessoas, trabalhando: 12 anos no Osmar Cabral, 10 anos no Tijucal, 5 anos no Itapajé, 5 anos no CPA III, 12 anos na Policlínica do Verdão, 4 anos na Policlínica do Planalto”.
Então vamos à somatória dos anos trabalhados pelo candidato Lúdio Cabral (PT), 12 + 10 + 5 + 5 + 12 + 4= 48 anos trabalhados, diante desses dados inconsistentes, fui verificar a idade do candidato Lúdio Cabral (PT), o mesmo, nascido em 15 de março de 1971, tem 53 anos, subentende dizer, que o candidato iniciou a trabalhar como médico aos 5 anos.
Ou será que isso, não seria um modelo subjacente utilizado por governos que ao discursarem principalmente no exterior, despejam dados inconsistentes e inexistes, para impressionar dizendo que no Brasil “existem milhões de crianças de rua, milhões de mendigos, milhões de desempregados e por aí vai”.
Só que hoje, com o advento da internet e das redes sociais, esse tipo de fala é facilmente contestado à exemplo dos anos trabalhados elencados, pelo candidato Lúdio Cabral (PT).
(*) LICIO ANTONIO MALHEIROS é professor e geógrafo.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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