O governador Pedro Taques (PSDB) classificou a delação premiada do empresário Giovani Guizardi, que revelou um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para a quitação de dívidas de sua campanha de 2014, como "um fato triste" e que precisa ser investigado. Segundo Taques, ninguém está a cima de lei.
"Todo político está sujeito a isso, ninguém está acima da lei. Isso tem que ser investigado e cumprindo o devido processo legal com a ampla defesa. Eu não vou pré-julgar quem quer que seja, antes de qualquer processo com condenação, faz parte de todo processo legal. O fato é triste e precida ser investigado", disse o governador durante o lançamente de duplicação da avenida Filinto Muller em Várzea Grande.
O tucano também afirmou que as acusações envolvendo a cúpula do PSDB, sob o comando dos deputados Nilson Leitão (Federal) e Guilherme Maluf (Estadual), deixa a política "decepcionante".
"Isso será investigafo, mas é muito triste, decepciona a política. Eu não posso fugir do que fui e do que sou. Não interessa a quem seja responsabilizado", afirmou.
Sobre a indicação do ex-secretário Permínio Pinto (PSDB) para a Seduc, e que hoje se encontra preso no Centro de Custódia da Capital (CCC), Taques disse que "a indicação foi partidária do PSDB e não de um ou outro".
De acordo com a delação de Guizardi, o esquema surgiu em 2015 quando o empresário, que é dono da Dínamo Construtora Ltda, passou a integrar a organização criminosa que buscava cobrar propina para fraudar licitações para obras e reformas de escolas públicas no estado.
Guizardi disse ainda que o empresário Alan Malouf investiu R$ 10 milhões na campanha o governo em 2014 e que, posteriormente, foi montado
um esquema na Seduc com o objetivo de arrecadar fundos ilícitos para saldar as dívidas da campanha.
Guizardi também revelou que o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Guilherme Maluf, ficava com 25% dos valores recolhidos da cobrança de propina dos empresários, outros 25% eram destinados para Permínio Pinto.
O valor restante era dividido entre os servidores Fábio Frigeri e Wander dos Reis, que ficavam com 5%. Já Guizardi, que era responsável por intermediar as cobranças entre o grupo de servidores e os empresários, recebia 10% dos valores arrecadados.
O delator também diz que existia o “comando político”, composto além de Maluf também pelo deputado federal Nilson Leitão (PSDB). O delator explica que Maluf foi responsável pela indicação do agente público Wander Luis dos Reis e, posteriormente, Moisés Dias da Silva para substituir Wander devido às sucessivas reclamações do então secretário Permínio.
Giovani Guizardi ficou sete meses preso e foi solto na quarta-feira (30) após fazer a delação.
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joa 03/12/2016
Como diz o ditado popular !!! AONDE SAI FUMAÇA TEM FOGO!!!QUE ESCUTA.....
de rosso 02/12/2016
Ainda não consegui entender oque é "CAIXA DOIS"?
2 comentários