O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Lucas Costa Beber, não descartou a possibilidade de confrontos violentos no Projeto de Assentamento Itanhangá (453 km de Cuiabá). O local tem passado por reintegração de posse solicitado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo Beber, invasores de terra já estiveram no local e já causaram danos aos assentados que vivem há décadas na área. Já a deputada federal, coronel Fernanda disse que acionou à Secretaria de Segurança Pública (Sesp) para que medidas de proteção fossem tomadas em prol dos que já viviam no local.
"A maneira que foi colocado pelo Incra, a quantidade de pessoas que se deslocaram para lá e a rapidez nos assusta. Foi uma desapropriação sob uma liminar que não há um processo transitado julgado. Da maneira que foi colocada, deu-se a entender que podiam ocupar essas terras e isso poderia gerar conflitos com as pessoas que estão assentadas lá há mais tempo, colocando em risco a vida das pessoas", falou.
No dia 30 de julho, o desembargador federal João Carlos Mayer, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, suspendeu a decisão da Justiça Federal de Diamantino que determinava a reintegração de posse num lote do assentamento Itanhangá. Segundo Beber, após a vitória dos produtores que ocupam as terras há cerca de 30 anos, houve aumento das tensões, inclusive com a prática de incêndios criminosos.
"No momento que as pessoas tiveram, pela Justiça, o direito de retornar para essas propriedades, houveram vários fogos criminosos que, inclusive, causaram danos a animais e também danos financeiros para essas pessoas assentadas. Também colocaram propriedades, sedes e vidas em risco", disse.
A deputada coronel Fernanda disse que conversou com o secretário da Sesp, César Roveri, e policiais foram enviados para o local.
"O secretário Roveri encaminhou, assim que entrei em contato com ele e o prefeito [de Itanhagá] auxílio de policiais militares, da Polícia Civil, para verificar todo o fato [...] para manter a paz que a gente conquistou lá, conversando com todos os produtores rurais para que aguardassem nossas demandas, ações e que fosse resolvida de forma pacífica", afirmou.
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