Paccola acusa vereadores favoráveis à cassação de integrarem organização criminosa; veja vídeo

Mesmo com duas horas de argumentação e dezenas de apoiadores na galeria da Câmara, Paccola não conseguiu convencer a maioria e ficou revoltado com o resultado da votação

RAYNNA NICOLAS E ALEXANDRA LOPES
Da Redação/Do Local

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O vereador Marcos Paccola (Republicanos) acusou os vereadores que votaram a favor de sua cassação de integrarem uma organização criminosa. O parlamentar ainda fez uma ameaça direta ao presidente da Casa, Juca do Guaraná (MDB). Ao todo, 13 vereadores foram favoráveis à cassação no processo por quebra de decoro parlamentar, que teve como base o homicídio do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa. Cinco parlamentares foram contrários.

"Eu queria dizer que, com alguns aqui, eu não me decepcionei, mas com outros, vereador Lilo, vereador Vidal, vereador Rodrigo Arruda de Sá, com outros realmente eu me decepcionei muito. Eu não acreditava que os senhores faziam parte da maior organização criminosa que existe em Cuiabá e eu vou provar um por um, inclusive o senhor, presidente", disparou Paccola ao proferir seu voto, nesta quarta-feira (5).

O vereador cassado sustentou sua própria defesa na tribuna durante cerca de duas horas. Ele reafirmou a tese de que agiu em legítima defesa de terceiros, já que avistou Miyagawa, que era conhecido como 'Japão', sacando sua arma durante uma confusão com outras pessoas. Paccola alega que viu o agente com a arma andando atrás da namorada, Janaína Sá, e por isso concluiu que ele poderia matá-la.

Depois, ficou comprovado que Janaína quem incentivou Alexandre a sacar a arma para amendrontar as pessoas da confusão na qual ela estava envolvida. Por isso, Paccola também atribuiu a culpa do final trágico a Janaína. Ele também reforçou que Miyagawa foi irresponsável por portar sua arma bêbado.

Mesmo com as duas horas de argumentação e dezenas de apoiadores na galeria da Câmara, Paccola não conseguiu convencer a maioria e ficou revoltado com o resultado da votação. A família do agente socioeducativo, por outro lado, saiu aliviada da Casa de Leis. À imprensa, Elia Miyagawa, mãe de Alexandre, disse que não acreditava na justiça, mas que estava muito feliz.

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