A médica Natasha Slhessarenko (PSB) disse que fará uma reunião com a vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), nesta semana, para discutir conjecturas em torno das eleições municipais. Ambas são cotadas para ocupar o posto de vice na chapa do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), porém, a indicação pelo partido desses dois nomes não está fechada. Natasha reafirmou sua disposição em colocar seu nome ao pleito em outubro e falou sobre acreditar que este é o momento das mulheres "darem as mãos" para viabilizar mais candidaturas femininas.
"Como não falar que uma cuiabana não está disposta? Como médica, como mãe, como não estar disposta a ajudar, a ser mãe da nossa Cuiabá, cuidar da nossa Cuiabá, que está tão judiada? Existem algumas conversas, uma série de encaminhamentos. A gente está tentando realmente abrir espaço para nós. Tenho reunião com a Maysa, com a Maria Fernanda. Nós, mulheres, precisamos mudar a nossa forma de pensar, dar as mãos e fazer mais mulheres estarem presentes na política", falou Natasha Slhessarenko à Rádio Bom Jesus, nesta segunda-feira (18).
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Filha da ex-senadora Serys Slhessarenko, Natasha conhece o jogo e lembrou que, nas majoritárias de 2022, foi impedida de sair a Senado pelo partido. A médica criticou os bastidores, com presença predominante de homens, que acabam estrangulando o espaço para a construção política das mulhres.
"Eu não consegui ser candidata", afirmou Natasha. "Ficam dizendo que eu desisti. Alguma mulher tem desistir no seu vocabulário? Não existe. A mulher é resiliente, ela tenta, ela força. Você quer ver a mulher com filho doente, ela vira uma leoa para fazer aquilo acontecer. Desistir não é do palavreado da mulher. Fica mais confortável dizer que eu desisti. Mas não foi desistência de jeito nenhum, nunca desisti de nada na minha vida", emenou a médica.
Slhessarenko mencionou a deputada federal Gisela Simona (UB), suplente do secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (UB), e a senadora Margareth Buzetti (PSD), também suplente. Embora estejam em Brasília, as figuras ainda representam a minoria da bandaca de Mato Grosso. Conforme Natasha, faltam mulheres que "botem a cara" nas urnas.
"A gente vê Gisela que está como suplente, pois o Fabio Farcia foi para Casa Civil. A gente vê Margareth, que está como suplente do Fávaro, e ela assumiu. Mas dizer que a mulher foi lá, botou a cara e se submeteu às urnas, isso é pouco. Pois poucas têm coragem para isso, pois você precisa estar num momento de vida que pode se dedicar, mas eles não deixam", lamentou a médica.
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