O deputado estadual e presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Mato Grosso, Alan Kardec, afirmou que não houve desgastes entre a sigla e o vice-governador, Otaviano Pivetta (sem partido). Pivetta pediu desfiliação do PDT na última segunda-feira (19), após declarar apoio à candidata do Patriota ao Senado, Coronel Fernanda.
Apesar do rompimento, Kardec garantiu que o vice-governador 'saiu pela porta da frente'. "Nós gostamos muito do Otaviano, ele tem crédito com o PDT. Se o Otaviano reavaliar, principalmente em 2022 com a campanha do Ciro, nós estamos de portas abertas, mas hoje ele tomou a decisão correta", comentou o deputado, durante sabatina com os candidatos à prefeitura de Cuiabá, na última terça-feira (20).
O dirigente partidário ainda revelou que a saída de Pivetta já era uma possibilidade desde 2018, quando o vice-governador declarou apoio a Jair Bolsonaro (sem partido) na corrida presidencial. Na ocasião, o ex-presidente do PDT, Zeca Viana, também apoiou Bolsonaro e acabou deixando o partido.
Pivetta, ao contrário, se manteve firma e chegou a oferecer seu nome para disputar a vaga ao Senado, em fevereiro. A candidatura, no entanto, não se concretizou devido a um pedido pessoal do governador Mauro Mendes (DEM).
A escolha do PDT foi apoiar o advogado Euclides Ribeiro (Avante) e emplacar a suplência. Já Pivetta preferiu seguir outro caminho, junto à 'candidata do Bolsonaro'.
"Recebi cobranças da nacional, filiados cobraram essa questão e o Otaviano já vinha preparando sua saída. Nós sempre falamos pra ele levar em consideração seu histórico como brisolista, o histórico de 15 anos no PDT, mas no final ele pediu a desfiliação. Alegou que quer fazer esse apoio à coronel fernanda e ficar livre para nao receber essa pressão", comentou Kardec.
Ainda segundo o deputado, o vice-governador não deu pistas sobre seu futuro político. Kardec afirmou que Pivetta deve permanecer sem partido até o fim das eleições e uma nova sigla deve ser definida só em 2021.
"Ele falou que fica sem partido, vai esperar as eleições e definir no ano que vem. Eu não perdi a oportunidade de dizer: Otaviano, o senhor tem uma essencia progressista, que escolha um partido do campo popular, que não seja de extrema direita, reacionário, conservador", contou.
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