Julier e Taques tomam café da manhã e são surpreendidos por jornalistas

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Juiz federal Julier Sebastião sempre é lembrado para se lançar candidato a majoritário no Executico

Um café da manhã nesta segunda-feira (19) entre o senador Pedro Taques (PDT) e o juiz federal Julier Sebastião da Silva reacendeu novamente a discussão de uma possível candidatura do magistrado na eleição municipal do próximo ano. A conversa, que seria reservada, foi flagrada por dezenas de jornalistas em hotel da Capital.

O nome do juiz é sempre cogitado a cada ano eleitoral. Ele não descarta uma eventual candidatura, porém não limita prazo. Já o senador, amigo de longa data do magistrado, tem reiterado que a política precisa de homens de bem. O pedetista deixou uma carreira de cerca de 15 anos de procurador de Justiça no Ministério Público Federal (MPF) para ingressar na política.

Julier e Taques atuaram junto em vários casos, como o da operação Arca de Noé, responsável por desmantelar o esquema do crime organizado em Mato Grosso, que acabou prendendo o bicheiro João Arcanjo Ribeiro. O combate à corrupção foi o mote da campanha do então candidato ao senado Pedro Taques. O assunto também é recorrente nos discursos e nas ações do parlamentar, neste primeiro ano de mandato.

Natural de Chapada dos Guimarães, Julier é um magistrado politizado, sempre envolvido em temas atuais e de relevância. Desde acadêmico, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), atuou no movimento estudantil, época que coincidiu com a criação do Partido dos Trabalhadores (PT), sigla que não escondeu à sua simpatia e a militância, ainda que por um curto período de tempo. Na legenda, deixou vários amigos.

Em 2010, o nome do magistrado voltou a ser cogitado à disputa majoritária. Contudo, apesar dos rumores, Julier não entrou na disputa. Porém, as discussões estão cada vez mais recorrentes devido à amizade do juiz com Taques e, sobretudo, pela disputa majoritária para o Executivo, função pública que mais se aproxima do perfil do magistrado.

Pelo fato de ser juiz, Julier tem a prerrogativa de poder se filiar a um algum partido político até seis meses antes da eleição, ou seja, até abril de 2012. Portanto, para entrar na disputa, ele deve abrir mão da magistratura. O juiz, conhecedor dos problemas do Estado – desde os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) ao Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio -, não teria qualquer dificuldade em construir um discurso à disputa.

Contudo, Taques tem um compromisso político de apoiar a possível candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) à Prefeitura de Cuiabá. O socialista é um dos principais nomes à corrida e tem liderado as pesquisas de intenções de votos. Portanto, Mendes diz que só oficializará a sua candidatura no próximo ano.