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Política Sexta-feira, 23 de Dezembro de 2011, 16:39 - A | A

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Sexta-feira, 23 de Dezembro de 2011, 16h:39 - A | A

REDE DE INTRIGAS

José Lacerda passa informações privilegiadas para Fabris, aponta escuta telefônica

ATUALIZAÇÃO ÀS 17H50: CASA CIVIL EMITE NOTA, MAS NÃO FALA DE ESCUTA. Deputado telefona para chefe da Casa Civil e pede informações

NOELMA OLIVEIRA

 

Mayke Toscano/Hipernoticias

Gilmar Fabris, segundo relatório da Polícia Fazendária, exerceu forte influência sobre secretário da Casa Civl para obter informações sigilosas

Investigação da Delegacia Fazendária aponta na operação “Cartas Marcadas” o poder de influência do deputado Gilmar Fabris (PSD) no governo. Em uma das interceptações telefônicas, feita no dia 3 passado, o socialdemocrata liga para o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, para saber informações de um parecer complementar da Auditoria Geral do Estado (AGE) sobre a emissão das cartas de créditos.

A AGE foi a responsável por constatar diferenças nos cálculos do que o Sindicato dos Agentes da Administração Fazendária vinha cobrando e o que o Estado tem que pagar efetivamente.

Um comedido chefe da Casa Civil, bem no estilo Lacerda, conforme a escuta telefônica, não adianta o conteúdo do parecer solicitado por Gilmar. O secretário alega que ainda está esperando o documento e sugere para o parlamentar uma conversa na segunda-feira seguinte.

VEJA ÍNTEGRA DO DIÁLOGO DEGRAVADO

Neste dia do telefonema, o deputado diz que está viajando, porém pede informações. À imprensa, o secretário não se manifestou sobre o assunto. A assessoria de imprensa da Secretaria informou na quinta-feira, 22, que seria divulgada uma nota, por meio da Secretaria de Estado de Comunicação, o que não aconteceu até a manhã desta sexta-feira (23).

O deputado insistia para saber se o parecer da AGE mostrava diferença entre os cálculos, já que dias antes o governador Silval Barbosa (PMDB) já havia determinado a suspensão do pagamento das cartas de créditos que por sugestão de um relatório da Auditoria apontou que o Estado poderia pagar algo superfaturado. A esta altura, Fabris já tinha conhecimento que estava sendo investigado. O secretário adiantou para Fabris a diferença de valores, mas sem dar detalhes.

Reprodução

Trechos de degravações feitas pela Polícia de diálagos entre o deputado Gilmar Fabris e o Secretário José Lacerda

“Exemplo do seu poder como parlamentar, após contato com o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, no sentido de obter informações a respeito do parecer complementar da Auditoria Geral do Estado sobre o processo de compensação de cartas de créditos do grupo AAF, ao que obteve do secretário da Casa Civil alguma informação, mas que era necessária a presença do deputado para melhor conhecimento dos fatos, solicitando ao parlamentar que enviasse à Casa Civil um emissário deste, e de preferência o mesmo que esteve da última vez na Casa Civil, acompanhando o deputado”, descreve a Delegacia Fazendária no documento da escuta telefônica feita com autorização da Justiça.

O emissário é o concunhado de Fabris, o advogado Ocimar Carneiro. Ainda segundo informações da Delegacia Fazendária, no dia seguinte, ao sair da Casa Civil, “Ocimar Carneiro, emissário do parlamentar, relatou ao deputado Gilmar Fabris, que o relatório do auditor José Alves era desfavorável aos interesses do grupo e que para tentar contornar o problema, o secretário José Lacerda havia lhe prometido, que iria enviar de imediato o relatório da AGE para um parecer da Procuradoria Geral do Estado”.

O HiperNoticias teve acesso às imagens do circuito interno de TV da Secretaria de Fazenda (Sefaz). Em várias ocasiões, Ocimar Carneiro aparece entrando pela recepção principal que dá acesso ao gabinete do atual secretário Edmilson dos Santos. Segundo fontes do HiperNoticias, Ocimar era uma das poucas pessoas que tinham acesso livre na Sefaz. “Ele chegava e nem se identificava. Entrava direto no gabinete”, disse um informante.

ATUALIZAÇÃO ÀS 17H50: O Governo do Estado acaba de distribuir uma Nota Oficial assinada pelo Secretário da Casa Civil, José Lacerda, falando sobre as posições do Governo diante da polêmica, mas não disse uma palavra sobre os diálogos que manteve com o deputado Gilmar Fabris. Confira íntegra da nota abaixo.

 

CARTAS DE CRÉDITO

1 - Em relação às cartas de crédito emitidas decorrentes do Termo de Acordo Extrajudicial firmado em 2008 entre o Estado de Mato Grosso e o Sindicato dos Agentes da Administração Fazendária, o Governo do Estado esclarece que adotou todas as medidas necessárias para resguardar o patrimônio público;

2 - Assim que tomou conhecimento dos fatos, determinou à Auditoria Geral do Estado (em 23 de maio de 2011) a realização de auditoria especial sobre o caso, bem como a suspensão por um período de 180 dias, contados a partir da publicação do Decreto 766/2011, de 14/10/2011, de todos os atos relativos às cartas de créditos emitidas pelo Poder Executivo Estadual;

3 - O Decreto 766 centralizou todos os procedimentos na Secretaria de Administração e determinou que o órgão apresentasse, no período de seis meses, um sistema eletrônico de controle da emissão, entrega, cancelamento e compensação das cartas de crédito do Poder Executivo;

4 - O Governo do Estado vai manter a suspensão dos pagamentos, compensação e a emissão de novas cartas de crédito até a decisão final dos levantamentos que estão sendo feitos pela Auditoria-Geral do Estado, pela Procuradoria-Geral do Estado e pela Secretaria de Administração.

Cuiabá, 23 de dezembro de 2011.

José Esteves de Lacerda Filho

Secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso

 

 

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Ednilson Aguiar/Secom-MT

Ednilson Aguiar/Secom-MT

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Ze Petete 24/12/2011

Até tú, Zé Lacerda?!

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