O ex-deputado federal Carlos Bezerra, cacique do MDB em Mato Grosso, minimizou, nesta sexta-feira (8), a saída do ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro da legenda e descartou qualquer possibilidade de debandada no partido. Segundo ele, o deputado federal Emanuelzinho e o deputado estadual Juca do Guaraná permanecem firmes no MDB.
“É uma saída natural, que ele já vinha cogitando. Vi com muita naturalidade. Não há debandada. O MDB continua sólido e com seus representantes comprometidos com o projeto do partido”, afirmou Bezerra.
Na mesma linha, o presidente municipal do MDB de Cuiabá, Francisco Faiad, também tratou a decisão de Pinheiro como um ato pessoal. “Foi uma decisão individual e pessoal, que eu respeito”, disse.
Faiad, a quem Emanuel se referiu como 'companheiro de todas as horas' ao anunciar a saída do MDB, também permanece na sigla.
A decisão de Emanuel ocorre em meio a um processo de reconfiguração interna do MDB, marcado pela escolha de Janaina Riva como futura presidente estadual. A relação entre os dois é marcada por anos de embates e trocas de acusações. Embora tenham caminhado juntos em algumas campanhas, o rompimento definitivo veio quando Emanuel passou a criticar o passado político de José Riva, pai de Janaina.
O ex-prefeito também entrou em rota de colisão com membros da Executiva Estadual, especialmente com a própria Janaina, que foi uma das críticas mais contundentes à sua gestão no Palácio Alencastro, citando as diversas operações policiais deflagradas durante seus dois mandatos.
TROCA NO COMANDO
Emanuel e o grupo ligado a ele, incluindo Faiad, já havia se manifestado contra a possibilidade de Janaina suceder Bezerra no comando do MDB. O cacique da sigla anunciou a aposentadoria em 2025. Para Faiad, Janaina deveria focar no projeto ao Senado, alegando que não havia unanimidade interna para mudanças no comando do partido.
Na época, Bezerra já havia declarado não ter intenção de disputar a reeleição para a presidência estadual, e Janaina despontava como favorita para assumir a liderança da sigla em Mato Grosso, favorecendo a guinada do partido à direita.
Agora, mesmo com a saída de uma figura política como Emanuel Pinheiro, que estava insatisfeito com a mudança de rota, Bezerra e Faiad garantem que o MDB mantém seu projeto de fortalecimento e unidade visando as eleições de 2026.
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