O líder do governo na Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), afirmou que não entende os motivos que o levou a ser alvo da 3ª fase da Operação Rota Final. Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (14), o parlamentar classificou a ação como "estranha" e de "exposição desnecessária".
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"A defesa irá buscar informações junto ao Processo Judicial bem como, junto ao Gaeco-Naco, para saber quais foram as razões que levaram a tamanha exposição desnecessária para com o Parlamentar, além de outras medidas que entender serem necessárias", diz trecho da nota.
No comunicado, Dilmar contou que os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em sua residência, localizada na cidade de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá). Entretanto, o deputado negou que seu gabinete, na Assembleia Legislativa (ALMT), tenha sido “vasculhado” pelos agentes.
“O deputado Dilmar Dal Bosco não entende os motivos pelos quais foi alvo de busca e apreensão pelo Gaeco, uma vez que já prestou depoimento no processo anteriormente, sempre se colocou à disposição para qualquer outro esclarecimento, sendo assim, estranhamente, foi alvo de Busca e apreensão de documentos e bens eletrônicos”, diz trecho da nota.
Além de Dilmar, foram alvos da ação policial o proprietário da Verde Transportes, Eder Augusto Pinheiro, que seria o líder da organização criminosa, o ex-deputado Pedro Satélite, uma assessora parlamentar e Júlio César Sales, representante do Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (Setromat), que será monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de se ausentar de Mato Grosso, frequentar alguns órgãos públicos e manter contato com outros investigados.
O deputado ressaltou ainda que não foram localizados documentos que pudessem ligá-lo a qualquer pessoa investigada na ação policial. Por fim, o parlamentar afirmou que a sua defesa deverá buscar informações do processo para saber quais as razões que levaram as ordens judiciais serem decretadas.
"Rota Final"
A investigação busca apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT), promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT) .
Há também uma ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões de reais, abrangendo vários imóveis, duas aeronaves (aviões), vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes.
A investigação, iniciada na Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao Gaeco em meados de 2019, onde foi concluída pelas autoridades policiais do Grupo Especializado, com supervisão do Naco Criminal.
Procurada, a assessoria de imprensa de Dilmar Dal Bosco informou que não tem conhecimento da ação policial e que o parlamentar está na cidade de Alta Floresta (800 km de Cuiabá) cumprindo agenda.
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