O ex-procurador da Lava Jato e embaixador nacional do partido NOVO, Deltan Dallagnol, apontou que o uso político do Supremo Tribunal Federal (STF) gera prejuízos ao agronegócio em Mato Grosso. Dallagnol disse que os ministros estão invadindo competências do Senado e Câmara dos Deputados, legislando sobre a derrubada do marco temporal para demarcação das terras indígenas, descriminalização do aborto e drogas. O ex-procurador faz campanha contra a indicação do presidente Lula (PT) para que ministro da Justiça, Flávio Dino, ocupe cadeira na Suprema Corte. Deltan já reuniu 400 mil assinaturas contra a pauta.
"Vemos um Supremo extremamente político no Brasil, quando a legitimidade de um tribunal vem do caráter técnico das suas decisões, de aplicar a lei e não de fazer política. Vemos uma deturpação e um desequilíbrio dos Poderes no Brasil em que o Supremo tem se colocado acima de outros Poderes, inclusive, invadindo competências do Congresso Nacional com a descriminalização do aborto, descriminalização das drogas e com a destruição do marco temporal prejudicando todo agronegócio que nós sabemos que aqui em Mato Grosso é muito pujante", avaliou Deltan Dallagnol em agenda em Cuiabá nesta quarta-feira (6).
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Dallagnol faz campanha contra Flávio Dino no STF e reúne assinaturas para que o ministro da Justiça não ocupe vaga na Corte. Conforme o ex-deputado federal pelo Paraná enquanto governador do Maranhão, Dino se envolveu em diversos escândalos como a compra de respiradores superfaturados.
"(Dino é) um ministro da Justiça que pode ser alçado a ministro do STF que fez uma péssima gestão como governador do Maranhão e uma horrível gestão como ministro da Justiça, não fazendo nada de concreto para reduzir os 40 mil homicídios anuais, algo digno de países em guerra. A recepção da primeira-dama do tráfico no Ministério da Justiça que é, no minimo, uma incompetência desse governo no combate àqueles que são os maiores problemas desse país: segurança pública e corrupção", destacou Dallagnol.
Deltan provocou o ministro relembrando a delação da Odebrecht em que Dino foi apontado como um dos beneficiados pelo recebimento de valores indevidos. À época, até o apelido do ministro foi reveleado. Flávio era conhecido como "Cuba".
"Houve uma série de escândalos envolvendo o Flávio Dino como a compra de respiradores no Maranhão por milhões e milhões de reais por superfaturamento apontado de 150%; uma delação da Odebrecht que ele tinha, inclusive, um apelido pelo recebimento de valores indevidos, o apelido dele era Cuba; vemos ainda a perseguição de adversários durante a gestão Flávio Dino com a instauração de inquérito contra jornalistas por crime fake news quando nem existe esse crime no Código Penal", completou o ex-deputado federal.
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