José Varella/Agência Senado |
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Blairo Maggi explica razões que o levaram a recusar Ministério dos Transportes |
Com a recusa do senador Blairo Maggi, a presidente Dilma Rousseff oficializou nesta segunda-feira (11) a permanência de Paulo Sérgio Passos no comando do Ministério dos Transportes. Passos havia assumido interinamente o ministério na semana passada, em substituição ao senador Alfredo Nascimento, que caiu em função das denúncias de corrupção no órgão.
O anúncio, feito por uma nota curta da Presidência da República, pegou o PR de surpresa, e ocorreu quase que simultaneamente a uma coletiva em que Blairo Maggi concedia à imprensa de Brasília para explicar os motivos da recusa ao cargo para o qual fora convidado pela presidente Dilma Roussef na semana passada.
Embora Passos também seja do PR, Maggi não sabia da escolha do novo ministro enquanto dava a coletiva. Ele chegou a dizer que o partido só iria discutir quem indicar na próxima quarta, depois do depoimento de Luiz Antônio Pagot ao Senado e à Câmara, durante audiências marcadas para terça e quarta-feira, respectivamente.
“O partido vai começar a discutir isso oficialmente a partir da próxima quarta-feira. A não ser que a presidente tome a decisão a qualquer momento, independente de discutir com partidos”. E foi o que, de fato, aconteceu.
RECUSA
Durante a coletiva, Maggi disse que recusou o convite por conta de seus negócios empresariais na área de navegação, setor regulamentado por órgãos federais que seriam comandados por ele, caso aceitasse ser ministro.
Perguntado se a presidente não sabia dessas suas ligações quando o convidou, na semana passada, o senador disse que nem de todas.
“Eu agradeci a ela e lhe disse (a presidente) as razões que eu achava que havia vários impedimentos de ordem senão legal, éticos. A conclusão que eu cheguei foi exatamente essa que relatei a presidente. Eu tenho problemas, por exemplo, com a Antaq, que é uma agência subordinada ao Ministério dos Transportes, que regula e faz concessões na área de navegação e portos, e eu trabalho nessa área. Não acho que seja ético que alguém sente na mesma mesa para decidir nos dois sentidos. A presidente me disse que eu tinha razão, e por isso não tinha sentido levar adiante o convite que foi feito”, frisou, ao relatar conversa que teve com Dilma Rousseff, por telefone.
PAGOT, “NOVO JEFERSON?”
Agência Brasil |
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Perguntado se Pagot seria “um homem bomba” ou um “novo Roberto Jefferson”, Blairo respondeu: “Ele não é homem bomba nem nada disso. Ele virá aqui explicar tecnicamente como funciona a questão das obras, como elas são colocadas na programação, quais os ritos que devem ser feitos, e que não é o Dnit o órgão que define as políticas, ele é um executor das políticas de governo. É isso que ele virá aqui explicar”, amenizou.
OUÇA AQUI O AUDIO DA ENTREVISTA DO SENADOR BLAIRO MAGGI, EM EDIÇÃO E SEM CORTE.
NOVO MINISTRO
Agência Brasil |
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Passos (d) sucede Nascimento no ministério dos Transportes |
Paulo Sérgio Passos, que é filiado ao PR, tem 60 anos, nasceu em Muritiba (BA), é formado na Universidade Federal da Bahia e tem curso de planejamento pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (SP).
Ele iniciou a carreira no Ministério dos Transportes em 1973 como Assessor e Coordenador da Coordenadoria de Acompanhamento e Avaliação da Programação e assumiu interinamente o comando da pasta de março até dezembro de 2010. Passos foi secretário-executivo dos Transportes entre 2001 e 2003 e reassumiu a função em 2007. (Com informações das agências nacionais)
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