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Política Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2025, 08:28 - A | A

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Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2025, 08h:28 - A | A

“SAÍDA AMARGA”  

Abilio diz que não precisa de permissão dos vereadores para desapropriação do Contorno Leste

Prefeito reconhece que a decisão de desapropriar a área invadida para atender cerca de 2 mil famílias foi compulsória, mas justifica que não colocará a assinatura em um processo de despejo violento contra vulneráveis.  

ALINE COÊLHO
DA REDAÇÃO

O prefeito Abilio Brunini (PL) confirmou nesta terça-feira (2) que a família proprietária da área do Contorno Leste, palco de um conflito fundiário, foi apenas comunicada sobre a decisão do Executivo de desapropriar o terreno, e não consultada para um acordo. A confirmação reforça a declaração do de José Antônio Ribeiro Pinto, filho do proprietário João Pinto nesta manhã. 

O gestor municipal ainda mandou um recado claro a alguns vereadores que se posicionaram contrários a desapropriação da família proprietária, Brunini reforçou que não “há mais o que discutir sobre esse assunto”.  Ele afirmou que a desapropriação não precisa passar pela Câmara Municipal de Cuiabá. E a decisão que caberá aos parlamentares se trata da regularização do Aeroporto Bom Futuro. O plano do prefeito é aplicar a indenização da mega empresa, na regularização do Contorno Leste.

 “Se os vereadores não fizerem a regularização do Aeroporto Bom Futuro, o aeroporto fica sem regularização. E nós vamos buscar outras receitas. Mas a regularização do contorno leste não depende, em nada, dos vereadores da Câmara Municipal.”  

Abilio reconheceu a dor e o luto da família proprietária, que perdeu o patriarca na área em litígio, mas defendeu que a solução para o impasse será “amarga,” porém necessária em benefício social. O prefeito afirmou que o município fará a indenização devida aos proprietários, mas mantém a decisão de regularizar o local para os ocupantes.  

A principal justificativa de Abilio é evitar um conflito urbano e uma desocupação violenta de grande porte. “É muito difícil de você desapropriar mais de mil famílias de um lugar. [...] E eu não vou gerar, eu não vou colocar a minha assinatura nesse processo para ir lá, com caminhão, polícia e bala de borracha, spray de pimenta e bomba de fumaça para arrancar a criança, idoso, pessoa com deficiência, mulheres, eu não vou fazer isso,” sentenciou.  

 

O prefeito também contestou o número de famílias vulneráveis apontado por estudos anteriores da Setasc, em cerca de 200, e justificou por que a área menor, oferecida pela família proprietária, que atenderia o número do estudo, não pode ser aceita.  

“O estudo da assistência social do Estado demarcava aquele pequeno período quando eles fizeram. Hoje a realidade é outra, é muito maior. Nós fizemos um diagnóstico, tem mais de 600 famílias chefiadas por mulheres que estão lá,” disse Abilio.  

OMISSÃO GENERALIZADA  

Abilio lamentou a situação, lembrando que não era o gestor quando as invasões começaram, mas que agora resta a ele mediar o problema que cresceu por falta de ação anterior.

“Uma vez que todo mundo foi omisso nesse processo, a Polícia Militar, a Prefeitura, o governo do Estado, todo mundo foi omisso nesse processo. Passou três anos, as pessoas estão lá, e nós encontramos uma saída. E essa saída não é a saída mais doce, mais amável do mundo. É a saída amarga, uma saída difícil. E eu vou tomar essa decisão,” concluiu o prefeito.

LEIA MAIS:  Família de proprietário diz que desapropriação é “imposição” e que não quer vender a área; vídeo 

VÍDEO: 

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