Em março deste ano, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Civil e da Polícia Militar deflagraram a “Operação Ativo Oculto” para cumprimento de 271 ordens judiciais, sendo 34 mandados de prisão cautelar, 112 de bloqueio e sequestro de bens e valores e 125 de busca e apreensão contra membros do Comando Vermelho em Mato Grosso.
A força-tarefa buscou investigar crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores provenientes de atividade de uma organização criminosa presente nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis.
Entre os presos na operação estava Thaisa Souza de Almeida, esposa do presidiário e líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”. A mãe do criminoso também foi detida em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas acabou sendo liberada horas depois.
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A suspeita foi presa em sua casa, no condomínio de luxo Florais da Mata, em Várzea Grande. A investigação apontou que ela é uma das líderes da facção e mandante de diversos homicídios encomendados pelo marido, que está preso na Penitenciaria Central do Estado.
ADVOGADA DO CRIME
Além da esposa do criminoso, foi presa também Adriana Borges Souza da Matta, advogada de Sandro e Thaisa. Segundo a denúncia do Ministério Público ao qual o HNT teve acesso, a mulher auxiliava e ocultava os crimes praticados pela “primeira-dama” do crime, como era conhecida a esposa de Sandro Louco.
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Segundo o documento, Adriana ajudou Thaisa a fixar moradia no condomínio de luxo Brasil Beach Cuiabá Resort, onde pagava um aluguel de R$ 6 mil mensais. Posteriormente, ela prestou novo auxílio, quando a líder do tráfico se mudou para o outro condomínio de luxo, o Florais da Mata, onde pagava um aluguel de R$ 9,6 mil mensais. Dinheiro este todo provido das práticas criminosas da facção, como roubo, extorsão, estelionato, tráfico de drogas, entre outros.
Além disso, a denúncia aponta que a advogada auxiliava em outros crimes de Thaisa, como lavagem de dinheiro. Ela é considerada a responsável por ocultar e dissimular a origem de bens, já que o vínculo empregatício e a fonte de renda lícitos de sua cliente eram incompatíveis com o padrão vivido por ela.
COMANDO VERMELHO
As investigações do Gaeco também apontaram que a facção criminosa predominante no Estado possuí pelo menos 30 mil membros, incluindo faccionados, familiares e colaboradores.
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